RIO NEGRINHO. Desenvolvido junto às crianças do nível 1 do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Clara Luz, o projeto “Navegando nas ondas do mar”, da professora Luana Jaciara de Lima, foi um dos vencedores do prêmio Professor Destaque da Câmara de Vereadores de Rio Negrinho. A proposta ficou com a segunda colocação na categoria Educação Infantil de 0 a 3 anos.
Ao Nossas Notícias, Luana contou detalhes sobre o projeto e o quanto ele instigou a imaginação das crianças.
“Trabalhei o faz de conta, a imaginação, as texturas, e as cores que estão presentes nos objetos que compuseram o cenário de um oceano. Primeiramente a gente fez a dobradura de peixes, onde as crianças pintaram e coloriram folhas. Após, eu pedi para as famílias que pudessem enviarem uma caixa, para que as crianças pudessem ficar sentadas dentro dessas caixas. Depois de todos eles trazerem as caixas, também as coloriram com tinta. Essas caixas também fizeram parte do cenário, como os barquinhos de cada criança”, detalha.
A professora conta que buscou trazer do litoral conchas, areia e outros materiais que pudessem enriquecer ao máximo possível o cenário proposto.
“Trouxe ainda animas de pelúcia que remetem ao oceano, como lulas, peixes, tubarão e até caranguejos. O que eu não consegui trazer, ou que não tinha eu fiz com E.V.A ou com feltro para poder tornar o mais realista. Montei todo território de aprendizagem e as crianças foram convidadas a vir, entrar em seus barcos, como se estivessem navegando mesmo em um oceano”, comenta ainda.
“Entre os barquinhos tinha areia, que eu coloquei, conchinhas e também os animais. Então eles pegavam, olhavam e reconheciam alguns animais. Os que não reconheciam eles perguntavam que animais que eram. Foi uma experiência foi muito proveitosa”, relata.
Ainda dentro do projeto, Luana desenvolveu um instrumento musical usando uma caixa de pizza pequena com grãos e miçangas.
“Fiz toda uma decoração azul de mar, coloquei peixes e esse instrumento serviu para imitar o som das ondas, quando a caixa era balançada. Também perguntei para as crianças sobre quem já tinha visto a praia e quem não tinha. Após essa conversa, compartilhei com eles que eu ia cantar uma música que falava o nome de cada criança com aquele instrumento não convencional, fazendo barulho das ondas”, cita.
Luana destaca que os pequenos ficaram muito eufóricos e esperavam ansiosos que ela falasse o nome de cada um.
“Foi muito divertido, muito proveitoso. Eles adoraram e ficaram admirados com o cenário, em poder tatear os bichinhos. Eles passavam a mão nas conchas, na textura das conchas, muitos deles ficavam pegando areia também”, lembra a professora, que pretende participar do projeto novamente em 2023, caso esteja lecionando na rede municipal (ela é ACT).
“O prêmio é um incentivo para gente, tudo que a gente faz em sala de aula, a gente tira de dentro da gente. O foco são as crianças e fazemos o que é o melhor pra eles, eles são os protagonistas de todo meu trabalho. Tento trazer coisas diferentes, trazer histórias e gosto de fazer com que eles estejam participando delas. A intenção é sempre de fazer com que eles saiam da rotina”, diz.
Luana defende a participação de mais professores do projeto.
“Eu diria para quem não se inscreveu, que se inscreva no próximo. A gente sabe que tem muita coisa legal, muita coisa bacana, que existem professores que fazem muitas coisas interessantes, que trazem ideias novas, que saem da rotina, da mesmice. Trazer coisas novas é muito legal e precisamos mostrar para a comunidade o que fazemos, que é o melhor para os nossos alunos”, encerra.