Data criada pela OMS visa debater sobre doenças que podem levar à cegueira
Pelo menos 2,2 bilhões de pessoas têm deficiência visual no mundo todo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Desses, 1 bilhão englobam pessoas com deficiência visual moderada ou grave à distância ou cegueira devido a erro refrativo não endereçado (88,4 milhões), catarata (94 milhões), glaucoma (7,7 milhões), opacidades da córnea (4,2 milhões), retinopatia diabética (3,9 milhões), e tracoma (2 milhões), bem como deficiência visual de perto causada por presbiopia não tratada (826 milhões). Ou seja, de acordo com a OMS, a estimativa é de 60% da população poderia ter sua visão preservada com medidas preventivas ou tratamentos adequados. Alertar para essa realidade é o objetivo do Dia Mundial da Visão, celebrado anualmente no mês de outubro.
De acordo com a OMS, o crescimento populacional e o envelhecimento aumentam o risco de que mais pessoas adquiram deficiência visual. Um dado corroborado pela pesquisa do Grupo de Especialistas em Perda de Visão (VLEG), publicada em 2020 na revista The Lancet Global Health, projeta que, no ano de 2050, 61 milhões de pessoas em todo o mundo deixará de enxergar. No Brasil os números também são preocupantes. De acordo com números do IBGE de 2019, cerca de 35 milhões de brasileiros apresentavam algum problema ocular e, desse total, aproximadamente 600 mil eram cegos.
Segundo o médico oftalmologista Dr. Sérgio Schroeder Corrêa, do Centro Oftalmológico Dr. Vis, uma clinica chancelada pelo Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, empresa do Grupo Opty, conscientizar a população sobre prevenção e tratamentos de doenças que podem levar à cegueira é necessário. A principal causa de cegueira tratável é a catarata, uma doença que se desenvolve lentamente, dificultando a chegada da luz até a retina e diminuindo a visão aos poucos. A catarata se caracteriza pela visão nublada, que torna difícil a realização de tarefas simples como ler, dirigir e enxergar pessoas. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) calcula que surjam 550 mil novos casos da doença por ano no país. “Muitos pacientes têm receio de passar por uma cirurgia e só procuram o oftalmologista quando já estão sentindo os efeitos da opacidade no cristalino, com a visão embaçada e fora de foco. Mas a técnica que utilizamos hoje praticamente não altera a rotina da pessoa. Além disso, quanto mais cedo descobrimos o problema, melhor, pois podemos restituir integralmente a visão. Portadores de catarata apresentam tendência a depressão, além de sofrer constantemente com quedas e fraturas. Então, quanto antes detectada e tratada, menor o comprometimento da qualidade de vida”, pontua o médico.
Outra patologia que também afeta a qualidade de vida é o glaucoma, a maior causa de cegueira irreversível no mundo. Estudo publicado em 2021 diz que mais de 50% dos brasileiros desconhecem a doença. “Glaucoma não tem cura, mas pode ter sua progressão controlada com tratamento adequado e contínuo, interrompendo a perda da visão. Na maioria dos casos, é necessário o uso de colírios específicos diariamente. Porém, com o avanço de novas tecnologias, hoje é possível oferecer ao paciente um tratamento mais moderno, com procedimento cirúrgicos, como o SLT (trabeculoplastia seletiva à laser) e o iStent, um microdispositivo que pode reduzir com eficácia a pressão intraocular – um dos fatores de risco mais importantes do glaucoma – além de reduzir a dependência de medicamentos”, explica o oftalmologista.
O médico ressalta que o glaucoma evolui silenciosamente e, geralmente, o paciente só percebe que tem dificuldade em enxergar quando o problema está em um estágio bem avançado e não há mais como recuperar a visão afetada – situação que poderia ser evitada caso a doença fosse detectada ainda em sua fase inicial. Pessoas com mais de 40 anos com histórico familiar, população de etnia africana ou asiática, indivíduos que sofreram lesões físicas no olho, uso excessivo de medicamentos à base de corticoides e outras condições médicas são fatores de risco para desenvolver a doença. “Fundamental é que o check-up oftalmológico seja realizado anualmente, pois isso possibilita o diagnóstico precoce de diversas patologias oculares, proporcionando um tratamento adequado para os pacientes”, reforça o Dr. Sérgio.
Sobre o Opty
Desde 2016 o Grupo Opty agrega 26 marcas associadas, mais de 80 unidades, 1350 médicos oftalmologistas e 2800 colaboradores atuando em todas as regiões do país. Além das marcas próprias HOBrasil (BA, DF, RJ e SP) e Centro Oftalmológico Dr. Vis (DF, PE, RJ, SP e SC), fazem parte dos associados: o Hospital Oftalmológico de Brasília (DF), Hospital de Olhos INOB (DF), Hospital de Olhos do Gama (DF), Visão Hospital de Olhos (DF), Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), Instituto de Olhos Villas (BA), Oftalmoclin (BA), Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), Sadalla.Smart (SC), HCLOE (SP), Visclin Oftalmologia (SP), EyeCenter Oftalmologia (RJ), COSC (RJ), Oftalmax Hospital de Olhos (PE), UPO Oftalmologia – Unidade Paulista de Oftalmologia (SP), HMO – Hospital Medicina dos Olhos (SP), Visão Center (PE), OftalmoDiagnose (BA), Íris Oftalmo (PE) e CEOP – Centro de Olhos do Pará (PA).