RIO NEGRINHO. Um julgamento que seguiu até às 21h30 desta sexta-feira (27) na Câmara de Vereadores resultou na condenação de Cristiano Alves Pereira, Luan da Silva Barbosa e Vanderlei Cristiano Bello. O trio foi denunciado pelo Ministério Público dia 22 de outubro de 2018.
No início do mesmo mês, eles invadiram uma propriedade a localidade de Colônia Miranda, de onde roubaram armas de fogo e munições, além de agredir os moradores, dentre eles um casal de idosos.
Conforme relatório da PM, que inicialmente atendeu a ocorrência, em deslocamento ao local, os policiais se depararam com dois dos acusados do crime, começando assim uma intensa troca de tiros.
Após o tiroteio, um suspeito fugiu sentido à mata e outro sentido à Serraria do Hubner.Diante dos fatos, foi necessário pedir reforço de policiais militares de São Bento do Sul e Jaraguá do Sul, além do helicóptero Águia e da Polícia Civil.
Com a chegada do reforço, o primeiro homem foi detido na serraria, o segundo foi detido em um galpão próximo e o terceiro, este responsável por dar fuga aos comparsas, também foi detido em um Fiat Uno nas imediações do bairro Vista Alegre.
Depois de analisar os fatos apresentados durante o julgamento, o juiz Rubens da Silva Neto, publicou sua sentença, com penas diferentes para cada um dos envolvidos, conforme segue:
Cristiano Alves Pereira foi condenado à pena privativa de 19 anos, 4 meses e 2 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática dos crimes de roubo triplamente circunstanciado e tentativa de homicídio duplamente qualificado (praticado contra policial e para assegurar impunidade de outro crime).
Luan da Silva Barbosa foi condenado ao cumprimento da pena privativa de 12 anos, 4 meses e 5 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de roubo duplamente circunstanciado.
Vanderlei Cristiano Bello, foi condenado à pena de 9 anos e 26 dias de reclusão, em regime inicial fechado pela prática de roubo circunstanciado.
Roubo circunstanciado é um crime cometido com mais pessoas em união de desígnios.
Em sua decisão, o juiz destacou que na aplicação da pena, foram usadas as condições pessoais de cada agente, bem como as circunstâncias em que os crimes foram praticados, a revelar uma acentuada periculosidade dos réus.
Dos três, Vanderlei já estava preso porque tinha descumprido regra de monitoramento. Luan retornou ao presídio e Cristiano encontra-se foragido.
Indenização
Além da prisão, o trio foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil para cada vítima pelos danos morais decorrentes do fato criminoso pois, conforme o juiz, “no caso concreto, conforme amplamente fundamentado no decorrer desta sentença, as vítimas sofreram profundos abalos psicológicos e físicos”.