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Vereadores Flávia e Dido encabeçam projeto de lei que propõe a criação da Semana de Conscientização da Fibromialgia em Rio Negrinho

RIO NEGRINHO. Deu entrada nesta semana, na Câmara de Vereadores, o projeto de lei dos vereadores Flávia Vicente (MDB) e Rodrigo dos Santos (PL), o Dido, que propõe a criação da Semana da Conscientização sobre a Fibromialgia no município. A proposta visa lembrar da data sempre a partir do dia 12 de maio, quando também é comemorado o Dia Mundial da Fibromialgia.

“A fibromialgia é uma síndrome clínica caracterizada por dor e sensibilidade generalizadas, além de uma variedade de sintomas, incluindo fadiga, distúrbios do sono, depressão, ansiedade e disfunção cognitiva. Algumas pessoas com esses sintomas nos pediram que, se havendo possibilidade, fosse criado em Rio Negrinho uma legislação sobre o tema”, explicou Flávia.

“Sentamos eu e o vereador Dido juntamente com o jurídico do legislativo para nos ajudar com a possibilidade de aplicação dessa legislação na cidade e agora estamos entrando com o projeto. Acredito que beneficiará muitos rio-negrinhenses que portam essa doença”, cita a parlamentar que lembrou que a doença foi incluída no Catálogo Internacional de Doenças apenas em 2004.

O projeto propõe que o poder executivo possa realizar parcerias, desde que não impliquem em mais gastos, através da secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Municipal de Educação, Secretaria da Assistência Social com colaboração de entidades sociais envolvidas, visando a promoção de cursos e treinamentos para seus profissionais.

Pela proposta, também ficam as empresas públicas, empresas concessionárias de serviços públicos e empresas privadas obrigadas a dispensar, durante todo horário de expediente atendimento preferencial aos portadores de Fibromialgia.

Ainda de acordo com o projeto será permitido aos portadores de Fibromialgia estacionar em vagas destinadas aos deficientes, desde que identificados.

Sobre a doença

Por se tratar de uma doença recém-descoberta, a comunidade médica ainda não conseguiu concluir quais são suas causas. Entretanto, já está pacificado que os portadores da citada enfermidade, em sua maioria mulheres, na faixa etária de 30 a 55 anos, possuem maior sensibilidade a dor do que as pessoas que não são acometidos por ela.

Isso ocorre porque a interpretação exagerada dos estímulos pelo cérebro faz com que o paciente sinta ainda mais dor. Seu diagnostico é essencialmente clínico, de acordo com os sintomas informados pelos pacientes nas consultas médicas, tais como a identificação de pontos dolorosos sob pressão, também chamados do tender-points.

Não existe um exame específico para sua descoberta, de forma que o diagnóstico resulta dos sintomas e sinais reconhecidos nos pacientes, bem como da realização de distintos exames que são utilizados para excluir doenças que possuem sintomas semelhantes à fibromialgia. Ainda não ha cura para a fibromialgia, sendo o tratamento parte fundamental para a não progressão da doença.

Embora não seja fatal, a doença implica severas restrições a existência digna dos pacientes, sendo pacífico que eles possuem uma queda significativa na qualidade de vida, impactando negativamente nos aspectos social, profissional e afetivo de sua vida. A fibromialgia é, portanto, uma condição clínica que demanda controle dos sintomas, sob pena de os fatores físicos serem agravados.

“A criação da Semana da Fibromialgia vem no intuito de esclarecer a população quanto a doença, sintomas e tratamentos bem como dispensar atendimento prioritário a fim de minimizar o sofrimento desses pacientes”, diz ainda a justificativa do projeto que, após ser analisado pelas comissões permanentes do legislativo, poderá ir a votação nas próximas semanas.

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