RIO NEGRINHO. No primeiro semestre de 2021, Santa Catarina ficou em evidência no que se refere a geração de empregos. No período o estado teve um saldo positivo de 126.111 vagas com carteira assinada. Foi o terceiro melhor resultado do país em números absolutos, atrás apenas de São Paulo (491 mil) e Minas Gerais (185 mil).
E esse reflexo positivo no número de contratações pode ser visto também em nossa região, que colaborou para mais contratações do que desligamentos.
Contudo, mesmo com esse aquecimento no mercado de trabalho, a falta de qualificação profissional de muitos que buscam essas vagas é o grande impeditivo para números ainda melhores.
O Nossas Notícias conversou com duas profissionais de Recursos Humanos que relatam as dificuldades enfrentadas na hora de contratar.
Cláudia Roberta Staffen, analista de Recursos Humanos da empresa Caftor relata que estamos vivendo um momento de economia aquecida em nossa região principalmente para as indústrias exportadoras, e desta forma consequentemente, ocorre muita oferta de emprego em nossa região.
“Aumentando as ofertas, sobe a rotatividade nas empresas e muitos dos candidatos que estão a procura de emprego apresentam pouca estabilidade nos empregos anteriores.
É muito importante que o candidato pense a longo prazo, pois existem os momentos de baixos e altos na economia”, explica a analista.
“Pessoas mais estáveis e com mais tempo de empresa tendem a permanecer empregadas também nos momentos de crise. Capacitar-se é outra necessidade para favorecer as promoções internas e o crescimento profissional”, comenta.
Ela também disse que a questão de capacitação é de suma importância, não só para o crescimento profissional de cada trabalhador, mas também pessoal, pois todo conhecimento adquirido, seja em qualquer área de atuação, será levado para a vida.
Já Josiane Detroz, diretora da JK Desenvolvimento Humano, relata que encontrar mão de obra qualificada é um desafio para as empresas, principalmente quando há muita oferta de trabalho, como no caso das vagas operacionais na região.
“Além das posições novas, ainda existe a reposição do turnover e absenteístas, tornando esse desafio ainda maior aos RHs e empresários. Então se já era um desafio, imagine agora com a pandemia”, enfatiza.
“Acredito ser muito importante as empresas mapearem as posições críticas, aquelas que levam mais tempo para treinar e que impactam diretamente na produção e qualidade”, completa.
Ainda segundo ela, é importante que as empresas desenvolvam uma estratégia de backups e de treinamento estruturado para essas posições, com o objetivo de garantir a produção, qualidade e redução do retrabalho que gera desperdício.
“Isso envolve estratégia da organização na gestão e desenvolvimento das pessoas”, ressalta.