RIO NEGRINHO. Os vereadores rio-negrinhenses aprovaram agora a noite (21), o requerimento para a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para averiguar pagamentos feitos pela prefeitura para a aplicação de camadas de antipó em ruas da cidade, sem que o referido trabalho fosse feito.
Na justificativa do documento, os parlamentares Arlindo André da Cruz, o Piska (PP), Nilson Sebastião Barbosa (PSDB), Alessandra Cristofolini (PSL), Rodrigo dos Santos, o Dido (PL) e Cássio Alves (PSD) apontam um processo licitatório de um pregão presencial realizado no ano passado para o pagamento de mão de obra para aplicação de antipó.
O requerimento alega que houve confusão na liberação de pagamentos, que segundo os parlamentares, ora foram para a limpeza, ora para manutenção de bens imóveis, ora para a conservação de estradas, ora para locação de máquinas.
Frente à isso, os vereadores destacaram o consequente caos presenciado atualmente em várias vias, tendo em vista os problemas que essas ruas que receberam o produto nos últimos meses acabaram apresentando.
Segundo o documento, as ruas: Venceslau Uhlig, Ewaldo Kurowski, Alexandre Tascheck, Paulo Pscheidt, Frida Jantsch Anton, Robertina Pereira Hantschel, Olinda Prestes de Miranda, Olinda P. de Miranda, Jorge Rueckl, Marino Picolli, José Batista Sobrinho, Carlos Paulo Linzmeyer, Luiz Scholtz Filho, Arlindo de Carvalho e José Brey, dentre outras, teriam em tese recebido as camadas de antipó.
E nesse sentido os vereadores querem saber o quanto foi gasto, e se houve ou não possíveis fraudes nas execuções dos contratos rua a rua com esse serviço na gestão anterior.
Eles lembraram que a previsão era para a aplicação de duas ou três camadas do antipó nessas vias, visto que houve a liberação de recursos públicos sem a possível conclusão dos serviços.
Eles cobram ainda a responsabilidade pela autorização de pagamento com recursos públicos à empresa sem a devida conclusão dos trabalhos e sem o relatório final do fiscal do contrato. O prazo para conclusão dos trabalhos da CEI deverá ser de 90 dias.
Durante a discussão da matéria, o vereador Nilson Sebastião Barbosa (PSDB) lembrou que o antipó era para ser uma excelente alternativa e beneficiar os bairros cujas ruas não tinham asfalto.
“Queremos saber o que foi feito. Tem ruas que não tem o que fazer, lugares que foi jogada uma camada, quando era para ser duas ou três” , apontou.
Ineir Miguel Mittmann, o Kbelo (PSC), disse ser favorável ao requerimento, mas criticou a postura adotada na última semana quando teve um requerimento seu rejeitado ( leia aqui ).
“Aquilo foi impedir o direito de saber a informação. O parlamentar tem direito a buscar informações para enriquecer o debate”, frisou o vereador.
“Foram pedidos de esclarecimentos por parte da população, que eu também recebi e isso deve ser trazido à tona, as pessoas precisam acreditar na política” , discursou Flávia Vicente (MDB).
“Se fomos eleitos, estamos aqui para fiscalizar, achar soluções e temos que fazer juntos”, disse ainda Roseli Zipperer do Amaral (PSDB).
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