REGIÃO. Cerca de 30 pessoas de Rio Negrinho e São Bento do Sul participaram de uma mobilização no trevo do Lençol , na divisa entre as duas cidades, na manhã deste sábado (19).
O movimento foi organizado pelo Siticom (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e do Mobiliário) de São Bento do Sul, que há cerca de três semanas realizou a mesma ação no chamado “trevo de Curitiba” em São Bento do Sul.
Apesar dos cartazes com as frases “Fora genocida”, como é chamado o presidente Jair Bolsonaro pela oposição e “Fora Bolsonaro”, Valdemiro Hackbarth, de Rio Negrinho, que participou da ação, garantiu que o ato não foi político partidário.
“Foi um ato em defesa da vida e pela democracia, de luto pelas 500 mil mortes no Brasil. Foi um ato civil. Eu estava lá como cidadão, não representando o partido que sou filiado. Inclusive havia pessoas apartidárias participando também”.
Hackbarth destacou que os manifestantes respeitaram as medidas de prevenção ao Covid, fazendo o uso de máscaras e respeitando o distanciamento social.
Questionado sobre as medidas que os manifestantes entendem ser as ideais para conter o avanço das mortes por Covid no país, ele declarou que são várias.
“O respeito ao distanciamento social e mais cuidado por parte da população, pois muitos não estão levando as coisas a sério. Acho que o poder público não está cooperando, pois deveria haver campanhas mais maciças alertando sobre a prevenção à contaminação pelo vírus. E claro, a vacinação para toda a população, pois é isso que vai salvar vidas”.
Contextualizando o cenário para Rio Negrinho, Valdemiro falou que em sua opinião a prefeitura está inerte.
“Estamos com 115 mortes em uma cidade de 40 mil habitantes e São Bento do Sul, com 80 mil habitantes, tem 130. Acho que alguma coisa está errada aqui em Rio Negrinho. Só em volta da minha casa, num raio de 300 metros, morreram seis pessoas, é muito. Não é uma questão político partidária, mas de cidadania, precisamos nos mobilizar”.
Nas redes sociais, postagens com fotos do movimento dividiram opiniões.
De acordo com Valdemiro, até o momento não há outra manifestação programada na região.
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