RIO NEGRINHO. A chegada de dias mais frios faz com que as pessoas mudem seus hábitos para enfrentar a temperatura mais amena da região. Além do uso de roupas e cobertas mais quentes, a utilização de fogões a lenha, aquecedores e lareiras para se aquecer se torna mais frequente.
Contudo o uso desses aparelhos requer também uma série de cuidados como forma de evitar problemas como intoxicações e até mesmo incêndios.
O alerta é do comandante do Corpo de Bombeiros de Rio Negrinho, João Ricardo Prochmann, que falou a reportagem do Nossas Notícias sobre o assunto e repassou dicas importantes.
Segundo ele, é comum que já nesta época do ano, mesmo que ainda no outono, mas a pouco mais de um mês do inverno, regiões mais frias como Rio Negrinho registrem aumento no uso desses equipamentos já que as pessoas buscam manter seus ambientes mais quentes.
“Contudo os riscos aumentam com o uso desses aparelhos e as chances de incêndio aumentam em edificações, seja por mau uso ou mesmo por falha dos equipamento”, cita Prochmann.
Ele se baseia em um levantamento feito pela Divisão de Perícias do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina que apontou um aumento nas ocorrências nesse período do ano.
“Comparando com meses quentes, os incêndios aumentam em 50% nos meses mais frios”, aponta o comandante.
Dicas para aumentar a segurança
Ao mesmo tempo que os riscos aumentam, também medidas para evitar um eventual sinistro devem ser tomadas. Um dos itens a ser observado, cita João Ricardo, é se certificar que a instalação desse aparelhos esteja sendo feita em locais seguros, distante da tubulação de gás e de cortinas e móveis.
“Também não devem ser deixados objetos acumulados sobre ou próximos a fogões de lenha ou lareira. Em caso de incêndio esses materiais serve como combustível e propagam cada vez mais o fogo”, cita o socorrista.
Outra dica se refere ao uso de material próprio para abastecer lareiras ou fogões a lenha, evitando assim o uso de madeira industrializada ou que tenha tratamento químico.
Ele lembra ainda que é muito importante não permitir que crianças alimentam lareiras e fogões a lenha, bem como que também mantenham distâncias desses locais.
Quanto ao uso de lareiras, o comandante diz que a recomendação é que as mesmas possuam uma tela metálica com malha de dois a cinco milímetros, visando evitar que fagulhas sejam propagadas.
As chaminés também devem estar em perfeitas condições, recomendando-se analisar se as mesmas não apresentam fuligem ou estão entupidas.
“Também nunca deve ser colocada lenha em excesso, bem como nunca deixar a casa sem ter a certeza de que o fogo está completamente apagado”, acrescenta.
Ambientes ventilados
O comandante ainda atenta para a importância de se manter sempre uma entrada de ar nos ambientes onde realizar queima, tendo em vista que o ar tem que ser renovado. A medida previne o risco de morte por intoxicação, através do monóxido de carbono ou ainda por asfixia.
Com relação aos aquecedores elétricos, a recomendação é para que os aparelhos tenham sempre a certificação do Inmetro e que sua fiação não apresente necessidade de reparos ou manutenção.
Aquecedores a gás
Já no caso dos aquecedores a gás, os mesmos requerem aprovação junto ao Corpo de Bombeiros, que realiza vistoria nos mesmos, quando se trata de uma instalação predial. Além disso, a instalação do equipamento só pode ser feita por profissional capacitado.
“Outra coisa que as pessoas fazem bastante é secar objetos e roupas no aquecedor. Isso pode causar um incêndio pela própria condução, radiação que esse objeto ou roupa terá ao esquentar e entrar em combustão”, alerta Prochmann.
Por fim, o comandante lembra que nos casos de uma eventual emergência o Corpo de Bombeiros deverá ser acionado através do fone 193. “O importante é que no ato da ligação se traga maior número possível de informações para combater esse tipo de incêndio”, encerra.
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