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“Sem o apoio e incentivo dos meus pais, Amauri e Léia, não estaria aqui”, diz a rio-negrinhense Aline Amorim Graf, que atualmente mora na Inglaterra

RIO NEGRINHO. Morando desde 2017 na Inglaterra, a rio-negrinhense Aline Amorim Graf falou essa semana ao Nossas Notícias sobre a experiência de morar na Europa e também de seguir uma carreira ainda pouco conhecida: a pesquisa em nanomateriais. Egressa do curso de bacharelado em Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Aline se autoavalia como “muito lógica desde criança”, uma das causas que a motivou na escolha pela carreira. “Mas com certeza sem o apoio e incentivo dos meus pais, Amauri e Léia, não estaria aqui. Também tive muita sorte de ter ótimos professores de matemática e física no ensino fundamental e médio”, comenta Aline. Ciência Sem Fronteiras Durante seu terceiro ano de graduação na UFSC, ela recebeu uma bolsa do programa Ciência Sem Fronteiras, o que proporcionou que Aline se mudasse para Guildford, na Inglaterra, por um ano, enquanto estudava na University of Surrey. “Como parte do programa, tive que fazer um estágio de três meses durante o verão. Tive várias opções para escolher, já que era um trabalho voluntário. Escolhi o projeto que me pareceu ser o mais distante de qualquer coisa que poderia fazer na UFSC, para aproveitar a experiência fora do país ao máximo”, conta. O projeto envolveu a produção e caracterização de fibras usando nanotubos de carbono, estruturas usadas nos processos de conservação e transmissão de energia, como a energia solar, sendo muito mais eficientes que as células fotovoltaicas que são usadas hoje em dia. “É um nanomaterial muito interessante por suas propriedades elétricas e mecânicas”, explica. Aline explica que ao fim dos três meses, seu orientador lhe convidou para continuar trabalhando no mesmo laboratório e ela acabou ficando por mais um mês além do estipulado inicialmente. A jovem conta ainda que ao final desse tempo, ele lhe convidou para continuar a trabalhar no grupo, mas dessa vez em um doutorado. “Voltei ao Brasil no final daquele ano e me formei na UFSC”, destaca. “Nesse meio tempo, o grupo de pesquisa se mudou para outra universidade, a University of Sussex, que fica em Brighton. Me mudei para cá em 2017, quando comecei o doutorado com bolsa integral da própria universidade”, conta a rio-negrinhense. “Quando tentei a bolsa do Ciência Sem Fronteiras, não tinha ideia que ia ter essa oportunidade de voltar, mas sempre tive em mente o que o meu pai dizia: tudo o que merece ser feito, merece ser bem feito”, relembra. A rio-negrinhense atualmente realiza pós-doutorado no mesmo laboratório que fez seu doutorado, na University of Sussex e continua trabalhando com pesquisa em nanomateriais “mas com ainda mais responsabilidades e com foco especial em aplicações para a indústria devido ao financiamento que temos”, diz. Adaptação Ela conta que se adaptou com rapidez ao grupo de pesquisa e que fez bons amigos no velho ocidente. Porém o fato de ficar longe da família e amigos e também se acostumar a falar inglês o tempo todo foram as maiores dificuldades encontradas. O contato com a família, em virtude da pandemia, acontece somente por meio virtual, diz. “Hoje faço o mesmo trabalho de um homem britânico, colega da equipe do laboratório que já trabalhava quando comecei em 2017 e que estudou na universidade de Oxford na Inglaterra”, encerra a jovem. Promoções  

 
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