RIO NEGRINHO. Marilene Mielke, que assumiu a coordenação do Núcleo de Saúde e Segurança do Trabalho da Associação Empresarial (Acirne) desde janeiro, projeta uma série de ações do grupo com eventos presenciais e também remotos.
Ela falou ao Nossas Notícias sobre os projetos que deverão ser colocados em prática no decorrer de 2021.
Integrante do núcleo desde 2014, ela projeta palestras, capacitações e atualizações das normas regulamentadoras, como algumas das ações.
Além disso, visitas técnicas, participação de feiras, trocas de experiências e materiais entre os técnicos, Semana dos Núcleos em parceria com a Anssel, uma das maiores empresas de Equipamento de Proteção Individual (EPI) do Brasil também fazem parte do planejamento do núcleo.
“Devido a pandemia que estamos vivendo, temos algumas capacitações previstas e estamos em busca de cursos e palestras para administrar online”, adianta a coordenadora.
Segundo ela, temas como o GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais), PGR (Programa de Gerenciamento dos Riscos) e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) estão na pauta do Núcleo de SST.
As visitas técnicas também integram o planejamento do grupo, mas a pandemia fez com a primeira delas, prevista inicialmente para abril deste ano, fosse cancelada.
“Tínhamos agendado na Embraco na cidade de Itaiópolis, mas devido a pandemia foi cancelada, e ainda continua suspensa pela gravidade que se encontra a nossa região”, explica.
“Toda visita técnica tem por objetivo promover a integração, agregar conhecimentos, trocas de experiências, e até mesmo pôr em prática as ações e modelos de melhorias e segurança em nossas empresas”, reforça a coordenadora.
Troca de informações de qualidade
Marilene destaca que o núcleo propicia uma interação com troca de informações de qualidade, o que considera ser fundamental.
Segundo ela, muitos problemas são comuns em diversas empresas, e a resolução com a troca de experiências se torna mais produtiva a partir dos encontros na Acirne.
“O pano de fundo do nosso trabalho é sensibilizar, internalizar a cultura da prevenção nas pessoas. Isso envolve esforço diário, persistência e uma habilidade diferenciada no trato com as pessoas. E por isso, a troca de informações entre profissionais e compartilhamento das melhores práticas, figuram na lista das contribuições do núcleo”, defende.
Ela lembra que a área de segurança ganha mais a atenção dos holofotes, quando algo dá errado, a partir de um acidente, uma fiscalização.
“Nesse cenário, nos cabe demonstrar que, o cunho estratégico da área se evidencia quando evitamos passivos trabalhistas que poderiam criar barreira ou inviabilizar um negócio, ou seja, investir em segurança dá resultados financeiros também”, comenta a coordenadora.
Fiscalização aumentou disputa por profissionais
Marilene acredita que a intensificação na fiscalização, através do eSocial, programa do governo que une todas as principais obrigações acessórias das empresas em apenas uma plataforma, contribuiu para que muitas buscassem uma boa estrutura de saúde e segurança do trabalho.
“Mas um número maior tem grandes necessidades para garantir a conformidade”, diz.
“O eSocial não muda a legislação vigente, mas exige e exigirá o envio de informações para um banco de dados, que até então não tínhamos a mesma necessidade. E isso, frisamos, pode ter sido um dos fatores que acirraram as disputas por profissionais de Segurança do Trabalho”, destaca a coordenadora.
“Hoje temos cursos voltados a formação de técnicos, mas não se consegue expor um recém-formado a toda gama de atividade que envolve a Segurança do Trabalho, em curtos espaços de tempo. Precisamos refletir com urgência para evitar um possível GAP (lacuna) na oferta de profissionais”, sugere ainda Marilene.
Promoções
]]>