RIO NEGRINHO. A Polícia Militar de Rio Negrinho apresentou esta semana um balanço das principais ocorrências atendidas nos dois primeiros meses de 2021.
De acordo com o relatório, na comparação entre janeiro e fevereiro, houve redução em vários tipos de crimes, como os de violência doméstica, furtos e de perturbação, contudo os registros de posse de droga e tráfico ainda chamam a atenção.
O comandante da corporação rio-negrinhense, Tenente Cleverson Kalil de Souza falou à reportagem do Nossas Notícias sobre os registros.
“Só chegamos a esses números graças ao empenho diário dos policiais. Todos realmente estão muito focados, são muito competentes e técnicos”, destaca.
“Possuem proatividade na questão das abordagens e cumprimento das operações, isso faz a diferença para a manutenção dos bons índices criminais no município”, cita.
Kalil comentou sobre as frequentes operações policiais que atuam em locais específicos onde ocorrem determinadas espécies de crime que vão desde a perturbação do sossego até o consumo de drogas.
“Trabalhamos na redução desse tipo de crime de forma intensa com a realização de patrulha nos bairros onde se identificam pessoas e veículos em atitude suspeita”, comenta. “Assim podemos prever ações e prevenir eventuais crimes”, completa o comandante.
Além de operações como a da Lei Seca, que visa garantir a segurança no trânsito e de ações como a Operação Interior Seguro, Kalil destaca as abordagens realizadas sem operações específicas. São nestas abordagens, segundo ele, que acabam sendo abordadas pessoas com mandados de prisão ativos, que podem ser pelos mais diversos tipos de crime como homicídio e roubos, exemplifica.
Grupos de whatsapp
O comandante também defende a não divulgação de operações policiais nas redes sociais, através de grupos de whatsapp, facebook ou instagram, pois lembra que a partir dessa informação um criminoso que podia ser abordado, acaba deixando de ser localizado e preso.
“Além disso, armas em veículos, drogas, deixam de ser encontradas devido a essa comunicação através das redes sociais”, cita.
Menos furtos
A redução no registro de furtos no município também está relacionada as abordagens constantes da PM, mas outras ferramentas são apontadas também pelo comandante como de suma importância para evitar esse tipo de delito.
“Uma delas é a Rede de Vizinhos, outra é quando os moradores informam a polícia, ligando para nossa central ou usando o aplicativo PM Cidadão, relatando sua suspeita”, exemplifica.
Legislação muito branda
Kalil lamenta que a legislação brasileira seja muito branda e não permite que juízes e promotores mantenham presos os agentes de furto.
“Além disso, situações como a superlotação dos presídios são itens que acabam por muitas vezes incentivando a prática desses crimes”, acredita.
Violência doméstica
A restrição no funcionamento de bares, devido a pandemia, é creditada a redução nos números de ocorrências relacionadas a violência doméstica, diz o comandante rio-negrinhense, já que em muitos casos esse tipo de registro está diretamente ligado ao consumo de álcool. Ele também destaca a atuação da “Rede Catarina”, programa no qual uma mulher sempre acompanha a guarnição que atende esse tipo de ocorrência.
“Uma componente mulher é quem faz a orientação posterior a ocorrência do crime com as vítimas. Ela faz ainda a fiscalização de medidas protetivas de urgência e conversa ate com o agressor, tentando entender o porque do crime e para que não volte a ocorrer”.
O serviço funciona em atuação conjunta com o MPSC, judiciário, Conselho Tutelar, Conselho da Comunidade, Assistência Social e Polícia Civil, para que a situação da vítima se resolva da melhor forma possível.
Números
De acordo com a Polícia Militar, nos primeiros dois meses do ano foram cumpridos quatro mandados de prisão e a apreensão de uma arma de fogo e munições.
Ainda foram registradas 60 posses de drogas e quatro tráfico de drogas no período. O quantitativo de drogas apreendidas foi de 585,5 gramas de maconha (300 gramas em pés de maconha, 30 gramas de cocaína, 35 comprimidos de ecstasy e 30 gramas de crack).