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38% do território catarinense é coberto por florestas nativas, aponta estudo contratado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável

 

SANTA CATARINA. Com o objetivo de apresentar o novo mapa da vegetação, reflorestamento e de outros usos da terra no Estado catarinense, a Secretaria Executiva do Meio Ambiente (SEMA), integrada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, lançou, no dia 15 de dezembro, em auditório virtual, o resultado do projeto de Monitoramento da Cobertura Florestal de Santa Catarina (Monitora/SC), cuja elaboração contou com o emprego de tecnologias inovadoras de processamento de imagens de satélite e dos dados do inventário florístico florestal.
A ação, contratada pela SDE, foi realizado pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Atualmente, 38% do território catarinense são cobertos por florestas nativas, equivalentes a 3,618 milhões de hectares, enquanto os reflorestamentos das Espécies de Pinus spp. e Eucalyptus spp. cobrem 10,5% do estado, ou seja, 994.000 hectares. A agricultura está presente em 16,7%, incluindo as áreas de cultivos de arroz irrigado (1,77%). Já as pastagens e campos naturais foram mapeados em outros 29,2%. Abrindo o evento, o secretário da SDE, Celso Albuquerque, destacou a importância e abrangência do projeto. “É a primeira vez que o estado dispõe de um mapa tão detalhado e abrangente, com 12 diferentes temas mapeados, especificamente elaborado considerando as particularidades e a diversidade do território catarinense. E o resultado do Monitora/SC está alinhado aos programas, projetos e ações que a SEMA tem formulado e coordenado. A Secretaria seguirá apoiando a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias voltados à promoção do crescimento sustentável, inovação e à preservação, conservação e recuperação ambiental”, pontua ele, ao mesmo tempo em que agradece a FURB pela parceria. Segundo o coordenador do projeto Monitora/SC, Dr. Alexander Christian Vibrans, o mapa tem uma confiabilidade maior que 95% para todos os tipos de cobertura e uso. “Ele foi desenvolvido aqui no Estado por instituições de ensino superior locais, com tecnologia de códigos computacionais abertos e replicáveis, para dar conta dos complexos processamentos de dados. Então, com este alto grau de confiabilidade, o material estabelece uma linha base para o permanente monitoramento das florestas e outros usos”, explica o professor. Outro detalhe importante ressaltado no webinar é que pela primeira vez, foram mapeados, detalhadamente, em Santa Catarina, os remanescentes da restinga, presentes em 74.290 hectares (0,78% do território). Os remanescentes de restinga cobrem hoje 45,8% destas áreas ‘originais’. Nos demais 54,2%, encontram-se hoje os núcleos urbanos. As cidades com 18%, pastagens 23%, reflorestamentos 9% e, em pequena escala, culturas agrícolas 1%. “Esta é uma ferramenta que proporcionará a base de dados necessária para o planejamento territorial, tanto em escala estadual, como municipal. Permitirá, inclusive, a priorização de programas de desenvolvimento regional e de conservação e uso sustentável das florestas, o controle e fiscalização ambiental, dentre outros usos”, frisa a Diretoria de Biodiversidade e Clima, Angela Paviani. Grande entusiasta das causas ambientais, o presidente do Ima, Valdez Venâncio, falou com alegria do Monitora/SC, já que participou e viu os primeiros passos do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. “Hoje vejo quase 100% deste processo realizado e a metodologia estabelecida. Agora é tirar do papel este conhecimento que foi produzido e traduzir em ações. Já estamos utilizando e seguiremos utilizando estas informações para os processos de licenciamento e monitoramento ambiental. Temos condições de fazer um ambiente sadio e equilibrado, não só para os aqui estão, mas para as futuras gerações. Este é um ponto de partida para chegar onde mais desejamos, um ambiente inteiro, não pela metade. Vamos avançar”, enfatiza Venâncio. Do estudo participaram professores e pesquisadores da FURB e da UDESC. “Mais uma pesquisa inovadora. Agradeço a SDE e a Fapesc pela parceria. Coloco a FURB à disposição do Governo de Santa Catarina e do nosso país, colaborando assim, com o desenvolvimento do nosso Estado e nação”, sublinha a reitora Marcia Sardá. O evento também contou com a participação do coordenador geral do Inventário e Informação Florestal do Serviço Florestal Brasileiro, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gustavo Pinho; do Pesquisador Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, coordenação geral de Observação da Terra, divisão de Sensoriamento Remoto – INPE São José dos Campos, Yosio Shimabukuro; entre outras autoridades. Os mapas do projeto Monitora/SC podem ser livremente acessados e baixados, junto com a metodologia utilizada no endereço eletrônico: http://monitora.furb.br/. Promoções  
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