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"Oficina Criativa" aberta à comunidade terá nova data em Rio Negrinho

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RIO NEGRINHO. Em função do decreto estadual que estabeleceu a suspensão de todas as atividades não essenciais neste final de semana, a Oficina Criativa aberta a comunidade e ministrada pelo artista rio-negrinhense Valdemar Staffen, terá nova data. O evento estava marcado para este sábado (27) e conforme Staffen, um novo dia e horário para realização do encontro serã anunciados em breve. A oficina aberta à comunidade é a segunda e última etapa do projeto, que foi primeiramente realizado com artistas locais no dia  20 de fevereiro ( leia sobre o resultado do evento clicando aqui ). Sobre as Oficinas  A iniciativa, que tem como tema “O Legado da Móveis Cimo”, acontece no imóvel do antigo Mercado Municipal de Rio Negrinho, na rua Carlos Hantschel, em frente ao Restaurante Arte Caseira. A ação tem o intuito de usar a produção de artes com a temática do legado da Móveis Como, empresa que já foi a maior da América Latina no segmento de móveis. “Servirá para resgatar memórias, vivências e tudo que representa, o que ficou de bom da história desta empresa e dos personagens da Cimo”, explica Staffen. O resultado artístico do encontro do dia 20, adianta o artista plástico, será utilizado futuramente em outro projeto da Associação Rio Negrinho de Artistas Plásticos (Arnap). Com a comunidade A oficina voltada para a comunidade em geral também terá o intuito de proporcionar experiências artísticas, desenvolvendo atividades também voltadas à temática da Cimo, mas com o objetivo de vivenciar essas experiências artísticas com materiais e modos alternativos de pintar e desenhar. “Não será necessário que os participantes tragam material, pois o mesmo será fornecido”, explica o artista plástico. Staffen lembra ainda que o projeto é gratuito, mas que em virtude da pandemia, será restrito a participação de 15 pessoas. Resgate histórico Ele destaca ainda que um dos objetivos do projeto é oportunizar o resgate de fotos, memórias e lembranças de alguém que trabalhou, que conhece histórias, móveis ou outros objetos da Móveis Cimo, trazendo para o conhecimento público essas riquezas que muitas vezes encontram-se esquecidas em gavetas. “E com isso produzir arte”, sugere Valdemar. O projeto é uma das iniciativas rio-negrinhenses selecionadas para receber recursos da Lei Aldir Blanc. Mais informações e inscrições podem ser feitas através do fone (47) 99115-9522. A história da Móveis Cimo A Móveis Cimo nasceu no ano de 1913 em Rio Negrinho e se tornou referência histórica máxima do design brasileiro de móveis. A empresa começou fabricando pés de cadeiras e logo em seguida se dedicaram a desenvolver diferentes móveis sabendo preencher com sabedoria e disciplina germânica o vácuo moveleiro que existia no país. Na década de 1950 a empresa caminhava para se tornar a maior fábrica de móveis da América Latina, embora com uma administração altamente descentralizada. Tinha fábricas em Rio Negrinho, Curitiba, Joinville e no Rio de Janeiro, onde fixaram sua sede, logo transferida para Curitiba. O conglomerado Cimo produzia móveis para cinemas e auditórios, onde conquistou o monopólio do mercado. Diversificou com móveis escolares e linhas institucionais de escritório e residencial, conhecidos pela alta qualidade. Tinham muita facilidade em vencer grandes concorrências governamentais para fornecer móveis escolares e institucionais. No final da década de 1960, se instalaram no Brasil duas grandes plantas para a produção de painéis de fibra de madeira aglomerada. Essa matéria prima deslocou o eixo da produção de móveis e criou uma concorrência muito competitiva aos produtos fabricados pela Cimo. No início da década de 1970, já se manifestavam sintomas de grave crise administrativa e financeira na empresa. No final de 1978 com a situação piorando irremediavelmente, o controle acionário passa para o grupo Lutfalla, que detinha 62% do capital, mas sem interesse real em reerguer a empresa, acabou por abandoná-la. Em fevereiro de 1982, após 79 anos de história, é decretada a falência da Móveis Cimo.
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