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"Não é barro, é produto para tratamento da água que se acumula nas paredes da tubulação", diz diretor do Samae sobre coloração da água após rompimento de rede adutora neste domingo, em Rio Negrinho

[caption id="attachment_56360" align="alignnone" width="196"] Foto: Michel Gisleine/ Facebook[/caption] Nota da redação: matéria editada à pedido do diretor do Samae, que acrescentou maiores esclarecimentos a respeito dos produtos usados no tratamento da água e sua relação com a coloração apresentada após o rompimento da adutora no domingo.

RIO NEGRINHO.No último domingo, o rompimento de uma rede adutora na saída da Estação de Tratamento de Água exigiu muito trabalho e esforços por parte das equipes do Samae.

A movimentação e acomodação do solo no sistema subterrâneo de distribuição podem ter sido as principais causas do rompimento. Como o consumo de água é menor no domingo, a pressão da rede aumentou e rompeu a tubulação.

Valdir Caetano Junior, diretor do Samae, explica que as equipes trabalharam cerca de 12 horas na obra. “Como se trata de uma rede de 300 mm e com profundidade aproximada de 2,5 metros, os serviços começaram às 9h e foram até às 21h. Os técnicos trabalharam durante a noite para restabelecer o sistema, por sinal em tempo recorde”, comentou. Por volta das 2 horas da manhã de segunda-feira o sistema já estava totalmente recuperado. Valdir falou ainda sobre a coloração da água quando o sistema é reestabelecido. “O ferro e manganês, presentes na água, aderem na tubulação ao longo do tempo. Quando a rede seca para manutenção e a água é religada, ele se desprende, gerando acúmulo destes elementos que não são prejudiciais à saúde. O Samae realiza análises rígidas da água a cada 2 horas, para manter a confiabilidade no abastecimento à população. Todos os índices estão rigorosamente dentro dos padrões de qualidade”, ressaltou.

O diretor do Samae ressalta ainda a importância da caixa d’água nas residências.

“Isso é algo que minimiza a falta de água. Quando a pessoa pede uma ligação de água aqui no Samae, já assina um termo de responsabilidade que vai instalar na sua residência uma caixa com no mínimo 500 litros de capacidade”, explicou.

Reservatórios vazios

Segundo Valdir, o rompimento de domingo resultou no esvaziamento completo dos reservatórios.

“O reservatório do Cemitério Parque da Colina tem 510 mil litros, da Rua Alfredo Girardi tem um milhão e seiscentos mil litros e da Serrinha 300 mil litros. Considerando ainda que cada residência tem (ou deveria ter) sua própria reserva na caixa d’água, cada casa precisa recuperar o seu próprio sistema. Ou seja, a demanda atendida foi bem maior que os dois milhões e quatrocentos mil litros de água tratada”, explicou.

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