Depois de muita discussão em plenário, vereadores rejeitam requerimento que pedia informações sobre possível favorecimento à empresa de Rio Negrinho Deixe um comentário / Política / Por assessoria RIO NEGRINHO. O clima voltou a esquentar na noite desta segunda-feira (14) na Câmara de Vereadores de Rio Negrinho. O motivo foi um requerimento assinado pelos vereadores Ineir Miguel Mittmann, o Kbelo (PSC) e Manoel Alves Neto, o Maneco (DEM) no qual eles pediam esclarecimentos da prefeitura, através da secretaria Municipal de Educação, a respeito de um suposto favorecimento a empresário da cidade. O requerimento tinha como base um ofício timbrado da prefeitura de Rio Negrinho que circulou nas redes sociais na última semana, assinado pelo secretário de Educação, Sérgio Ivan Piccolli – o qual vereadores disseram que pediu exoneração do cargo após o episódio -, e no qual eram oferecidas vantagens para os servidores que optassem por abastecer seus veículos em um posto de combustíveis da cidade. Entre os questionamentos, os vereadores cobravam o envolvimento da Secretaria de Educação na divulgação de preços promocionais de combustíveis, direcionados aos servidores públicos e o benefício da prefeitura em fazer propaganda de uma empresa particular, em detrimento das demais que também mantém alvarás e tributos em dia. O requerimento apontava ainda falta de impessoalidade, pelo uso da máquina pública em benefício de outrem, descaso com os demais comerciantes e pela improbidade do emitente do comunicado, o que teria causado perplexidade tendo em vista a existência de tráfego de influências, além do uso da estrutura escolar para propaganda comercial. Os próprios vereadores da situação admitiram em seus pronunciamentos ter ocorrido o erro, mas saíram em defesa da administração. “Não foi efetivado nenhum abastecimento, foi um problema de comunicação interno”, defendeu Rodrigo dos Santos, o Dido (PL). “Erros são passíveis de ocorrer, acredito na índole do Sérgio que pecou por excesso de transparência”, disse Alessandra Cristofolini (PSL). Cássio Alves (PSD) afirmou que a situação foi resolvida e que foram tomadas as devidas providências, referindo-se a um projeto da prefeitura que deu entrada no legislativo nesta semana. Pelo projeto, empresas de vários segmentos poderão oferecer descontos para servidores públicos desde que se cadastrem junto a prefeitura para tal. Com a votação empatada, tendo os vereadores Nílson Sebastião Barbosa (PSDB), Cássio Alves (PSD), Alessandra Cristofolini (PSL) e Rodrigo dos Santos (PL) votando contra o requerimento e os vereadores Flávia Vicente (MDB), Roseli Zipperer do Amaral (PSDB), além de Kbelo e Maneco, votando a favor do pedido de informações, coube ao presidente Arlindo André da Cruz, o Piska (PP), o voto de minerva, que foi contrário. Kbelo, durante a palavra livre, disse que os vereadores têm a obrigação de cuidar dos interesses do povo e frisou não ter problema em apresentar requerimentos que acha necessário e fazer perguntas que precisam de respostas. “O povo quer respostas e votar contra um requerimento é impedir que povo tenha essas respostas”, argumentou. “Você pode concordar ou não, agora impedir a aprovação de um requerimento é fazer com que o vereador não exerça sua função”, encerrou o parlamentar. Em sua palavra, o vereador Maneco chegou a comentar que acha que há possibilidade de o Secretário voltar para o cargo caso o projeto da prefeitura que prevê convênios de descontos para servidores seja aprovado. Nossa reportagem procurou Sérgio Ivan Piccolli para questionar se ele de fato havia pedido exoneração, porém apesar de visualizar as mensagens no WhatsApp, não deu nenhum retorno além de não aceitar as ligações telefônicas que lhe fizemos. Promoções ]]>