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Débora Lima coordena projeto em que alunos aprendem sobre tecnologia desde os primeiros anos na Escola Cláudio Longen, em Rio Negrinho

 

[caption id="attachment_45215" align="alignnone" width="300"] Diretora Marli e coordenadora do projeto Débora[/caption]
RIO NEGRINHO. Com a retomada das aulas presenciais na rede municipal de ensino, mesmo que de forma escalonada, também deverá ser retomado o projeto de ensino de linguagem de programação para os alunos da Escola de Ensino Integral Padre Cláudio Longen, do bairro Pinheirinho.
O projeto neste estágio é desenvolvido com alunos das turmas do terceiro, quarto e quinto anos e envolvem fundamentos da linguagem de programação.
Grupo Tech
As atividades são desenvolvidas pela monitora de informática Débora Hubner Ferreira de Lima, juntamente com os professores das turmas, com a orientação e acompanhamento do Grupo Tech por meio dos seus membros Juliano Froehner e Fabiano Olsen.
No projeto, ainda são trabalhadas competências relacionadas com educação financeira, trabalho em equipe, desenvolvimento de produtos e empreendedorismo, que são desenvolvidas na disciplina de informática já existente na grade curricular da escola, usando o laboratório de informática, os tablets disponíveis e materiais alternativos nas atividades “desplugadas”.
A jornada para a criação de uma disciplina obrigatória na grade com duração de 7 anos de Tecnologia+Empreendedorismo para toda a rede de ensino municipal teve a sua gênese em 2014, quando o empreendedor Juliano Froehner solicitou, dentre outros itens, a inserção dessa meta (2.24 e 2.25) no conteúdo da Lei do Plano Municipal de Educação.
Outras lideranças locais, ligadas ao universo do empreendedorismo, inovação tecnológica, startups, desenvolvimento e educação se uniram ao objetivo e em 2015 se formou o Grupo Tech – Grupo de Empreendedores de Tecnologia de Rio Negrinho.
Em 2016, o Grupo Tech, em parceria com a Prefeitura e com o CodeClub, conseguiu trazer para Rio Negrinho professoras de ciências da computação da UFSC que promoveram treinamento da plataforma Scratch (ferramenta lúdica de ensino de programação para crianças desenvolvida na famosa universidade americana MIT) para 13 monitores de informática da rede municipal de ensino.
Desse grupo de 13 monitores, a monitora Débora Hubner Ferreira de Lima, prosseguiu com os primeiros passos da disciplina em 2017.
Depois, em 2019, em nova parceria com a Prefeitura, a disciplina recebeu o incremento da utilização de kits para aprender programação por meio de robótica.
O projeto tomou como base o fato de a tecnologia ser cada vez mais uma ferramenta diária na rotina das crianças de hoje em dia.
A ideia de aplicar uma linguagem de programação em sala de aula foi muito bem recebida pelos alunos do quarto e quinto anos da escola e, segundo Débora, ganhou uma amplitude maior nos anos seguintes.
“Consideramos a importância pela busca de novas práticas educacionais que contemplem o universo de constantes desafios, onde estão inseridos alunos de uma geração conectada. A liberdade que as crianças têm ao programar contribui para a construção de seu próprio mundo”, acredita a monitora.
Segundo ela, através disso os alunos desenvolvem sua capacidade de pensar, sua criatividade, seu pensamento lógico e a capacidade de planejar, de pensar antes de fazer.
[caption id="attachment_45214" align="alignnone" width="300"] Debora coordena o projeto com alunos do Claudio Longen desde 2017[/caption]  
“É preciso reconhecer que estamos diante de uma revolução nos processos de ensino-aprendizagem provocada pelo frequente avanço tecnológico”, lembra.
Ela ainda destaca que se observarmos ao nosso redor, o mundo em que vivemos é cada vez mais mediado pela tecnologia e a cada minuto um novo aplicativo ou plataforma digital é criada para facilitar o nosso dia a dia, ou mesmo propor uma solução para algum problema.
“O projeto não se propõe a trabalhar apenas a questão da linguagem de programação, mas sim desenvolver o raciocínio e fazer com que as crianças resolvam problemas. O propósito não é fazer com que eles se tornem programadores no futuro, mas sim que estejam preparados para desenvolver qualquer habilidade”,diz.
Débora lembra ainda que o projeto tem o empreendedorismo como um dos focos, visando criar nos alunos uma mentalidade focada na geração de negócios e oportunidades futuras.
“Estudos mostram que mais de 85% das profissões que teremos em 2030 ainda não foram criadas”,cita.
“Os alunos podem tomar esse estudo como base”, completa. Na própria área de tecnologia a escassez de profissionais já é uma preocupação, acredita Débora.
“Esses alunos de hoje são os profissionais de amanhã e podemos construir esse nicho de mercado, aprimorar esse setor”,defende ela.
Desta forma, empresas do município e região não precisarão “importar” profissionais se encontrarem mão de obra qualificada aqui.
O projeto de programação se preocupa bastante em ser lúdico, dada a faixa de alunos que abrange, isso sem deixar de lado o uso de blocos, algoritmos e de plataformas disponíveis na Internet.
“Eles estão em constante desenvolvimento do raciocínio, permitindo se apropriem da tecnologia ao buscar soluções e se utilizar de recursos que eles têm em mãos”,destaca.
A plataforma online é controlada pelos professores, organizando a distribuição de atividades para cada aluno. As aulas acontecem duas vezes por semana.
A monitora destaca ainda alguns benefícios do projeto, dentre eles:
  • demonstração prática de conceitos científicos;
  • desenvolvimento das habilidades mentais;
  • desafio de criar e ser flexível;
  • incentivo as capacidades de projetar e planejar;
  • interesse pela imaginação;
  • aprendizagem em trabalhar em equipe;
  • entendimento dos próprios limites;
  • valor da paciência e da disciplina e
  • o desenvolvimento do pensamento computacional.
Expansão do projeto para outras unidades
A partir da experiência bem-sucedida na Escola Cláudio Longen, o projeto poderá alçar voos mais altos e ser implementado em mais escolas da rede municipal.
Até aqui algumas unidades de ensino receberam o projeto apenas em formato de oficinas, mas a intenção é que as aulas possam ser incorporadas na grade curricular do município.
Ela ainda destaca que a parceria, envolvimento e participação das empresas de tecnologia do município via Grupo Tech gera integração efetiva no projeto desenvolvido na escola, e que poderá ser levado para outras escolas de Rio Negrinho.
“Para esse ano temos ainda que construir um conteúdo programático. Também queremos realizar um estudo sobre o projeto e montar um currículo para que qualquer pessoa possa trabalhar os conteúdos com os alunos”,sugere Débora.
Nas fotos, atividades que aconteceram antes da pandemia que começou em 2020
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                                              Fotos Débora e Débora e Marli Noronha, diretora da Escola Claudio Longen (Edson Frankowiak)   Fotos alunos do terceira, quarto e quinto anos participam do projeto (Divulgação) e mencionar que foram feitas antes da pandemia]]>

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