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Na foto, cena do crime que circulou nas redes sociais ontem
RIO NEGRINHO. A morte de L.C.S., de 17 anos, no início da tarde desta quarta-feira (08), continua sendo um assunto bastante discutido entre a comunidade de Rio Negrinho e região.
Ela foi morta com várias facadas por outra adolescente, identificada pela Polícia como J.M.P.
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Segundo as primeiras informações, as meninas eram namoradas e o crime teria sido motivado por uma crise de ciúme e a não aceitação de uma delas com o fim do relacionamento.
Dados apurados pelo Nossas Notícias
Conforme dados apurados pela reportagem do Nossas Notícias na manhã de hoje, o caso ainda deve repercutir bastante devido aos detalhes que envolveram a tragédia, que serve também de alerta para adolescentes, adultos, família e sociedade de uma forma geral.
Adolescente deverá ser encaminhada para abrigo em até 5 dias
Advogado Cleverson Vellasques, da defesa da autora, foi entrevistado pela reportagem do Nossas Notícias hoje pela manhã
Segundo Cleverson Vellasques, advogado da autora dos ataques, a previsão é de que em até cinco dias deva ser realizada uma audiência para decidir o encaminhamento da jovem para algum abrigo de adolescentes em Santa Catarina.
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Ele explicou que no momento, a adolescente está sob custódia da Justiça e que o caso vem sendo trabalhado com bastante cuidado por profissionais da Justiça, policiais militares, policiais civis, bombeiros e todos os que acompanharam os fatos até agora.
Vellasques contou também que na tarde de ontem, J.M.P. foi ouvida na Promotoria da Infância e Juventude de Rio Negrinho.
O que disse a jovem em seu depósito na Promotoria
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Ele relatou detalhes do depoimento da jovem. Segundo contou,J.M.P. contou que ela e L.C.S. namoraram durante cerca de 8 meses e haviam terminado o relacionamento há pouco tempo.
Ainda segundo os dados do depoimento, J.M.P. disse que já havia sido agredida pela namorada com uma facada, que já haviam tido uma briga com agressão física na escola e que foram mais de um os desentendimentos por brincadeiras impróprias que sofreu por parte de L.C.S. Apesar disso, ela garantiu que em geral a relação era tranquila.
“Segundo ela, essas brincadeiras seriam uma espécie de bullyng”, explicou Vellasques.
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Ele complementou dizendo que J.M.P. ficou surpresa quando soube dos comentários de que a motivação do crime teria sido uma crise de ciúmes. Apesar disso, ela até o momento não explicou exatamente o que gerou a discussão que culminou na morte de L.C.S.
COMO TUDO ACONTECEU, CONFORME A AUTORA
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J.M.P. contou à promotora Roberta Trentini Machado Gonçalves que L.C.S., então sua ex-namorada, lhe enviou uma mensagem pedindo que ela fosse até sua casa para conversarem e fazerem “alguma coisa diferente”, sem especificar o que era.
Quando chegou à casa da namorada, na Rua Gilberto Fuerst, no bairro São Pedro, J.M.P. relatou que as duas tiveram uma discussão e que L.C.S. pegou uma faca e começou a lhe agredir.
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Durante as agressões, J.M.P. colocou as mãos no rosto para se defender e acabou sendo ferida na mão. A partir daí saiu correndo da casa, tendo, conforme ela, continuado a ser agredida pela ex-namorada.
Chegando em frente à residência, J.M.P. e L.C.S. foram surpreendidas por uma parente de L.C.S. Assustada, a mulher, segundo ela, gritou pedindo para que cessassem os ataques e, grávida de uma gestação de risco, acabou por desmaiar em virtude das cenas.
“Em meio a pressão do momento, J.M.P., acabou surpreendendo a ex- namorada, tirando-lhe a faca das mãos e desferindo-lhe dez facadas. Assustada, disse que correu para casa e comentou com a mãe que L.C.S não lhe perdoaria pela retribuição das agressões,pois não sabia que L.C.S. havia morrido logo após ser golpeada”.
Segundo dados da ocorrência, os bombeiros, quando chegaram ao local do crime, se depararam com L.C.S. deitada de lado, com ausência total de sinais vitais. Eles identificaram que ela tinha sido ferida na face, tórax, região dorsal das costas e braços.
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J.M.P. relatou que só ficou sabendo da morte da ex-namorada quando foi localizada por policiais militares nas imediações de sua casa.
Vellasques garantiu que ela ficou bastante abalada e garantiu que só teve a intenção de se defender dos ataques de L.C.S.
O advogado explicou que o processo seguirá com a realização de várias audiências de apresentação, continuação e outras.
Preservar a vida e a liberdade
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Ele frisou que este é um
caso que leva em consideração duas grandes prerrogativas do meio jurídico que são preservar a vida e manter a liberdade.
“Por isso, o que primeiro a Justiça vai apurar vai ser a preservação da vida, levantando testemunhas e fazendo interrogatórios. Depois passa para uma apuração da promotoria, que analisa detalhadamente todo o ambiente e condições em que o fato aconteceu, o motivo do crime e outros fatores”.
Vários fatores a serem considerados
Ele considerou que há vários fatores a serem considerados e que ainda há detalhes que não se imaginam e que poderiam ter contribuído como motivação do crime.
“Lamentavelmente uma vida foi ceifada”, observou.
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O advogado finalizou destacando que
ao que tudo indica a versão de J.M.P. é verdadeira, tendo em vista a segurança que demonstrou quando prestou depoimento na Vara da Infância.
“Em momento algum a autora fugiu do mérito de sua responsabilidade no crime”.
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Ainda de acordo com ele, a tese adotada pela defesa será a de que J.M.P. agiu em legítima defesa.
“Já trabalhei em vários casos mas este é um dos mais tristes. Foram duas crianças que acabaram se envolvendo em um desfecho muito triste. Pelo que percebi, ambas as famílias são estruturadas; o que houve foi algo intrínseco entre as duas”.]]>