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Rio Negrinho: 23% dos entrevistados acredita que responsabilidade de controlar o número de cães abandonados circulando nas ruas é da prefeitura, aponta Censo Animal

RIO NEGRINHO. A quantidade, principalmente de cães abandonados circulando em  diferentes bairros da cidade, se tornou já há algum tempo uma problemática que vem incomodando uma boa parte da população. E não sem razão! Afinal várias questões de saúde pública estão envolvidas nessa situação. Além de ser maltrato deixar um cão, um gato ou outro animal circulando sem controle pelas ruas, eles – sem culpa alguma – muitas vezes arrebentam sacos de lixo, mordem pedestres e motoqueiros, fazem suas necessidades pelas ruas e muito mais. Diante do quadro, naturalmente surgem várias perguntas: o que fazer para solucionar (ou minimizar) o problema?; é responsabilidade de quem resolver essa situação? ; os animais precisam ser castrados, mas quem vai castrá-los e mais: quem vai pagar os procedimentos? Pois então, conforme uma pesquisa realizada através de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura, agentes de Saúde e curso de Veterinária da Unisociesc de São Bento do Sul, 23% dos 4.899 entrevistados no primeiro Censo Animal de Rio Negrinho acreditam que é da prefeitura a responsabilidade de controlar os cães e gatos abandonados que circulam pelas ruas da cidade. Mas a maioria – 72% – acredita que a responsabilidade é mesmo da população, ou seja, dos donos de animais que os deixam soltos na rua. O veterinário da Secretaria de Agricultura, Jackson Baia Lopes, declarou que não há como negar que há cães abandonados nas ruas da cidade mas destacou que a maioria desses animais que andam pelas ruas tem dono. “A maioria dos cachorros realmente abandonados são soltos nas estradas do interior, o que é terrível e quem faz isso tem que ser denunciado se alguém ver. Mas na cidade grande parte dos animais que andam nas ruas tem dono, só que o dono não toma a responsabilidade sobre seu cachorro. Às vezes não tem os meios de contenção como cerca em casa, em outras deixam o animal solto o tempo inteiro e em outras ainda deixam o animal sair para ‘dar uma voltinha’. Mas se a pessoa quer que o animal ‘dê uma voltinha’ deve colocar uma guia, uma coleira e sair a andar com ele na rua. Lembrando sempre de levar uma sacolinha no bolso porque ele vai fazer sujeira. Afinal, o seu animal é sua responsabilidade porque ele te pertence”. Sobre essa questão ele salientou também que os dados apontam que dos 7.599 animais que vivem em 3.457 casas da cidade, 1.824 tem dono mas saem para rua desacompanhados. Além disso, 83% dos cães que andam livremente nas ruas não são castrados, conforme o estudo. “Isso só dos domicílios pesquisados que foram pouco mais de 35%, que é uma amostragem bem grande para o padrão científico”, reforçou. Dados do Censo Animal A pesquisa foi aplicada pelas agentes de saúde em 4.899 casas de diferentes bairros e compilada pela Unisociesc, através de um trabalho da acadêmica Rosane Leite Pereira com a coordenação do professor Doutor Eduardo Alexandre de Oliveira. A iniciativa e o acompanhamento ficaram por conta da equipe da Secretaria de Agricultura. 4.899 casas, 7.599 animais de estimação, dentre cães e gatos Os dados apontam que há na cidade, conforme a amostra, uma média de 1,55 animais por casa, que no caso são cachorros, cadelas, gatos e gatas. Das 4.899 casas da amostra, somente em 1.442 não há cães ou gatos de estimação. Dos 7.599 animais que vivem nas 3.457 casas , 1.133 são castrados. E esse e outros resultados da pesquisa deram sustentação ao programa Ação 4 Patas, que em sua estreia neste ano, disponibilizou 200 vagas de castração gratuita para animais cujos tutores tenham uma renda familiar de até três salários mínimos. Conforme o veterinário Jackson e o Secretário de Agricultura Hélio Clemente, as castrações são realizadas por três clínicas veterinárias da cidade, selecionadas através de um edital da prefeitura. O programa, além da realização das castrações, também prevê a realização de ações de conscientização em escolas, porém neste ano as atividades foram interrompidas em função da pandemia. Lopes e Clemente, juntamente com toda equipe que trabalha no programa, lembraram que neste ano foram disponibilizadas 200 vagas para castração gratuita de cães e gatos e enfatizaram que os interessados em participar das próximas edições podem fazer seu cadastro diretamente na Secretaria de Agricultura, que fica na Rua da Paz, 295. O telefone é o 36441535. Dados interessantes Vista Alegre é o bairro com maior número de cães e gatos não castrados, seguido pelo Vila Nova e Industrial Norte Responsabilidade Conscientização Mais sobre o tema:  Moradores pedem ajuda para resolver problema de cães que atacam pedestres, ciclistas e motociclistas no Campo Lençol Filho dos donos de cães que estão na Rua Helmuth Krambeck explica a situação e garante solução Animais abandonados: policiais não podem fazer nada quando não se sabe quem são os donos Emocionante! Após reportagem do Nossas Notícias, cãozinho é resgatado e ganha uma cadeira de rodas Promoções        ]]>

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