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Enchentes em Rio Negrinho: confira alguns dos primeiros resultados do estudo realizado por equipe da UDESC

Equipe da Udesc e da Acirne comemoram primeiros resultados da parceria Fotos: reportagem Nossas Notícias

RIO NEGRINHO. A coordenadora do Núcleo de Comunitário de Combate às Cheias da Associação Empresarial (Acirne), Patrícia Berkenbrock Valandro, se disse muito contente com os primeiros resultados apresentados pela equipe da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) após o Mapeamento de Risco de Inundação da Área Urbana e Avaliação das Ações Prioritárias.

O estudo foi uma solicitação do próprio Núcleo e foi realizado com patrocínio da Hera Sul, Battistella e Sólida Brasil e servirá de embasamento para ações futuras. A apresentação aconteceu na noite desta quinta (23), na sede da Acirne e foi aberta à participação da comunidade. Os resultados mais importantes você confere no final da matéria.

“Esse estudo foi muito bem colocado e o evento foi muito prestigiado. Agradeço as muitas pessoas presentes, inclusive o prefeito Caio Treml , os representantes da Câmara de Vereadores e outras autoridades que estavam aqui. A Defesa Civil se fez presente também, por isso eu acho que foi uma soma para o município. Essa apresentação veio a calhar, foi um evento que nos deixou muito contentes”, citou.

O mapeamento passará ainda por uma reelaboração antes de ser entregue para o Núcleo, já que ao final da apresentação ocorreu um debate e mais sugestões foram apresentadas.

O trabalho deve continuar, passando para outras fases, com estudos mais detalhados sobre a questão.

“Eles colocaram o estudo à disposição, para que seja usado pelo Núcleo e nós vamos fazer também a entrega desse documento para a prefeitura”, cita Patrícia.

A coordenadora comentou sobre outras ações que pretende colocar em prática, entre elas tirar do papel o projeto do Marco das Enchentes, que deverá ser construído no pátio da Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua, no Centro.

“Essa é uma das nossas próximas ações, mas não temos a previsão ainda de quando. Hoje foi feita apenas a apresentação do projeto. Na nossa próxima reunião vamos definir quais serão nossas atividades”, adianta.

Resultados

O professor Leonardo Monteiro destacou que o estudo foi bastante importante, pois é um exemplo de como as universidades, nesse caso a Udesc, podem fazer parte da sociedade.

“Nos sentimos completos, fazendo o nosso papel como universidade pública”, comenta.

Planos individuais de proteção

Sobre as ações propostas, ele destaca iniciativas voltadas para a organização das pessoas, em especial os planos individuais de proteção.

“Ou seja, cada pessoa que mora em situação de risco fazer um cronograma de como vai agir em situação de desastre. Onde vai colocar suas coisas, se precisar retirar, quem vai chamar para fazer o transporte, que rota vai seguir e outros detalhes”, diz.

Manutenção e a implementação de novas estações meteorológicas

Ele também falou sobre a importância da manutenção e a implementação de novas estações meteorológicas no município, de modo que estas fiquem responsáveis pela disponibilização automática dos dados.

“E que a população tenha acesso mais rápido a essas informações”, opina.

Avaliar proposta da construção de um dique e alteração da foz do rio Negro

Com relação as medidas estruturais, ele admite que a questão envolvendo a construção de um dique no município precisa ser avaliada.

“Já existe essa discussão há bastante tempo, e existe a possibilidade de alteração na foz do rio Negrinho no rio Negro. Essa é uma questão que precisa ser bem estudada, pois tem impactos ambientais severos. É uma ação fortemente estrutural que também pode ser importante”, acredita.

“A modificação seria de como o rio Negrinho está entrando no rio Negro, para que seja de uma forma mais suave e não tão abrupta como acontece hoje em dia em um ângulo de 180 graus”, detalha.

Registros culturais, históricos e sociais da enchente

Ele defende que as enchentes façam parte da memória do município.

“Isso já existe na verdade, tanto que as pessoas mais velhas sempre falam, sempre comentam das suas experiências. Mas é importante que isso seja repassado para todo mundo, independente da idade, contando sua história. Poderiam ser feitas atividades como caminhadas por locais onde há inundação, por exemplo. São atividades que não tem custo nenhum e trazem um impacto bastante interessante”, sugere.


Leonardo afirmou ainda que entre as próximas etapas a serem estudadas, deverão estar algumas já pontuadas nesse primeiro mapeamento.

“A intenção é fazer um estudo de item especifico, para torná-lo realidade”, encerra.

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