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Ciclo de Palestras da CDL: um novo olhar sobre a depressão foi abordagem do psicólogo Mauro Cesar Stiegler 

RIO NEGRINHO. Como muito tem se falado nos últimos tempos, a depressão é a doença do século e vem afetando pessoas de todas as idades, classes sociais e escolaridade. 

Encarada de forma superficial por muitos anos ou mesmo como “frescura “, a depressão vem mostrando em números que é um tema que precisa cada vez mais ser colocado em pauta e acima de tudo, tratado com seriedade. 

E foi com seriedade e também com uma incrível profundidade que o psicólogo Mauro Cesar Telesphoros Stiegler tratou o tema no primeiro Ciclo de Palestras da CDL, que aconteceu na noite de terça-feira (17), no Centro de Excelência. 

Em sua fala, o especialista propôs se encarar a depressão de frente e se propor a aprender com ela. 

“No meu entendimento é tóxico fugir ou lutar contra a depressão como se fosse uma inimiga, pois entendo que podemos aproveitar esse grande momento de crise existencial interna e externa para empreender um novo olhar e uma nova leitura sobre nós mesmos e sobre os motivos da depressão que por ora pode se abater sobre nós”.

Stiegler destacou que encarar a depressão não significa alimentá-la.

“De forma alguma estou orientando a se ficar numa atitude masoquista. Isso nada tem a ver com se concentrar na depressão para chorar o dia todo ou postar nas redes sociais sobre tristeza. Estou falando de uma leitura séria, de se tentar observar e dialogar, se entender a doença psíquica como um caminho de reformulação da própria individualidade. Fácil? Nenhum pouco, quando estamos falando da depressão real”.

Porém, é possível, conforme o psicólogo, que citou várias personalidades mundiais em diversas áreas que já em outras épocas registraram seus estados de depressão. 

“Grandes personalidades que padeceram de depressão resolveram pôr esse olhar mais amplo à essa conversa interna, sem fugir do aspecto sombrio da depressão e tiveram uma diferença na sua caminhada a partir de então. É um desafio e um processo”, frisou.

Stiegler explicou que a depressão também provoca várias mudanças no organismo, como alterações eletro-químicas, neuro- eletroquímicas, cerebrais e biológicas.

“Além disso, provoca uma espécie de ofuscamento do nosso olhar perante o mundo e que nos deixa realmente de mãos atadas. Mas com maturidade, saindo-se da posição de vítima, é possível olhar para a depressão e aprender com ela. Entendê-la, caminhar e se reorganizar, talvez trazendo para si a reinvenção, uma palavra tão falada nas redes sociais mas ainda pouco entendida”.

Para o especialista reinvenção é uma palavra muito bonita mas torná-la real é um processo também muito profundo. 

“Enquanto, pelo menos no estágio em que nos encontramos, muitas vezes não nos deparamos com uma dor, essa reinvenção fica apenas numa palavra. Por isso a importância de um olhar corajoso sobre a depressão e as emoções que ela nos provoca, pois podemos amadurecer e evoluir em todos os seus significados, nos reinventando de fato”. 

No dia 25 de maio (amanhã), a CDL promove o segundo Ciclo de Palestras, com a participação dos psicólogos Antônio Álvaro Chagas, que falará sobre “Percepção e gerenciamento das crises pessoais” e Francine Zierhut, que falará sobre “Retratos da violência contra a mulher: estudo sobre relacionamentos abusivos e suas consequências psicológicas”.

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