Nossas Notícias

Rio Negrinho: vizinhas transformaram trecho da rua Alda Klaumann em um pequeno paraíso 

RIO NEGRINHO. Uma rua com um extenso terreno baldio onde com frequência as pessoas jogam todo tipo de lixo. Quem já não morou ou passou por um lugar assim? 

Há algum tempo essa era a realidade de um trecho da rua Alda Klaumann, no Industrial Norte. Até que dona Maria Tereza Fernandes Pischiski foi morar em outra rua do bairro. 

“Eu passava aqui achava bonito porque as árvores faziam uma sombra bonita nesse local. Mas tava estudo sempre cheio de galhos, tijolos, tudo o que se pode imaginar”, contou à reportagem do Nossas Notícias, que esteve no local, entrevistando as duas moradoras. 

Foi então que decidiu limpar o terreno, o que disse que demorou meses. Depois ela mesma comprou e plantou grama no espaço.  

“Quando cresce a grama, eu corto. Às vezes trago o cavalo para pastar aqui”, detalhou. 

O local ganhou ainda mais força com o trabalho de Maria Janete do Rosário da Cruz, companheira de Tereza na manutenção e embelezamento do espaço. 

“Eu comecei a plantar e a dona Tereza viu que ficou bom”, contou. 

“Eu tinha uma rocinha lá do outro lado. Eu  vendia feijão e verduras e a Janete comprava de mim. Mas daí comprei um cavalo para o neto e fechei a rocinha para fazer um potreiro para o cavalo. Daí fiquei plantando aqui nesse pedacinho”, explicou Tereza.

As vizinhas destacaram o trabalho em parceria. 

“A gente troca mudas de flores. Gostamos daqui, é um espaço que ficou legal para as crianças também”.

O lugar, naturalmente, chama a atenção de muitas pessoas que passam e tiram fotos ou que simplesmente sentam para conversar no banco que Janete e Tereza também colocaram ali. 

“É uma sombra boa para a gente vir tomar chimarrão e conversar com as amigas. Às vezes enche de mulher aqui para tomar chimarrão, chega a faltar banco”, comentaram com orgulho. 

Quem também aproveita o local é o pequeno Guilherme Pischiski dos Santos, neto de Tereza. 

“Ele nos ajuda aqui, comprei uma vaquinha parada para ele laçar e ele treina aqui. O pequeno gosta muito, já ganhou até um prêmio na Copa de Laço. Também adora animais e vai ganhar uma égua da vó”, adiantou. 

Compartilhando frutas, legumes, plantas e muito carinho


“É uma terapia para a gente cuidar desse local, depois sentar aqui, ver as flores florescendo, … Nossa horta está a todo vapor! Distribuímos limão, ‘maxuxo’, ameixa,… Pedimos só pro pessoal ter o cuidado de não quebrar os galhos das árvores”, salientou Janete, também orgulhosa ( e com toda razão!). 

Ela ainda disse que já ganhou de uma amiga pés de acerola, tangerina e outras plantas, que levou para cultivar no local.Elas também aceitam doações da comunidade.

“Aqui tem arruda, tomate cereja, pimenta de jardim, couve, batata salsa, ora pro nobis, hotel, espinheira santa, chorão, …”. 

Um pedido por mais consciência
Apesar de ter transformado o espaço em um local tão bonito, elas relataram que ainda assim havia pessoas que continuavam colocando lixo ali. 

“Deixo a minha casa, em outra rua, para vir cuidar daqui junto com a Janete. Ficávamos tristes em ver que ainda havia quem não cuidasse desse espaço, então fiz as plaquinhas pedindo para que todos ajudem a conservar aqui. Tinha até móveis velhos atirados!”, lamentou Tereza. 

“Nosso recado é que quem ver essa reportagem ajude a cuidar mais daqui.  Podem vir, pegar as coisas, mas cuidem sempre e evitem colocar lixo. Como está escrito nas placas, é um espaço que não é meu nem teu, mas temos que cuidar”, finalizaram.  

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