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Juiz que atuou em Rio Negrinho é afastado em operação que investiga facções criminosas

REGIÃO . O juiz Décio Menna Barreto de Araújo Filho, que atuou junto a comarca rio-negrinhense até o ano de 2007 foi afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça. Atualmente ele estava lotado em Joinville.

O afastamento faz parte da segunda fase da operação Sob Encomenda, deflagrada pelo Gaeco (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas) com apoio da DIC (Divisão de Investigação Criminal).

Na primeira fase da operação aconteceu a prisão de sete advogados suspeitos de entregar celulares e drogas a detentos a fim de beneficiar as ações de duas facções criminosas em Santa Catarina.

A investigação, coordenada pela 13ª Promotoria de Justiça, revela detalhes de como funcionava o esquema e, segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), há provas que incriminam advogados e um agente penitenciário, como documentos, depoimentos e interceptações telefônicas, que embasaram a prisão dos envolvidos na primeira fase da operação.

Entre os presos está Albani Bergamini, com quem, conforme as investigações, o juiz já teria mantido um relacionamento, considerada a “gravata” da facção catarinense e quem atuava como “advogada da nação”, prestando serviços a integrantes e simpatizantes da facção.

Todo o processo segue em segredo de Justiça e, com a investigação chegando a um magistrado, passa a ser obrigatoriamente monitorada pelo TJSC, acompanhada especialmente pela corregedoria.

Após escutas telefônicas, o juiz foi alvo de mandado de busca e apreensão em seu gabinete e sua residência, e teve aparelhos celulares apreendidos, culminando com seu afastamento mediante determinação judicial, inclusive, com publicação no site do TJSC e no Diário da Justiça, apontando, ainda a juíza substituta, que já está atuando na Vara.

A investigação
Na primeira fase da operação foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão tendo como alvo 22 pessoas. Na ocasião, oito foram presos, deles, sete advogados: Albani Bergamini, Samuel Cunha, Natali Cardoso de Lima, Márcio Jean Guelere, Diogo Tomé Cardoso Ramos, José Carlos Cabral e Fabiano Cabreira Goudinho. Além deles, um vigilante contratado de maneira terceirizada e que atuava na Penitenciária Industrial de Joinville.

*Via: ND Mais

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