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Contradições nos depoimentos dos dois suspeitos de matar Marcelo Simões, contribuíram para prisão em flagrante , aponta delegado Rubens

Fotos: Katia de Oliveira

RIO NEGRINHO. Dando sequência à série de reportagens sobre o homem que foi encontrado já sem vida em uma residência na rua Amandus Olsen, no início da manhã de hoje, a reportagem do Nossas Notícias, entrevistou novamente o delegado Rubens Almeida Passos de Freitas, desta vez após ele interrogar os dois suspeitos de cometer o crime.

Freitas contou mais detalhes sobre as versões deles sobre a morte de Marcelo Assis Isac Simões.

Segundo Rubens, Edivaldo Antônio Monteiro, um dos suspeitos que foi preso se deslocando até a cidade de Mafra, a pé, juntamente com Clodoaldo Barbosa, o segundo suspeito, afirmou na delegacia que estaria indo até Curitiba à procura de emprego, e que na cidade vizinha pegaria uma carona até a capital paranaense.

Ainda de acordo com o delegado, Edivaldo afirmou inicialmente que encontrou Clodoaldo casualmente na estrada.

“Ele afirmou que por um acaso estava andando na BR 280 e encontrou ele (Clodoaldo) ali, mas a investigação confirmou que os dois moravam juntos”, aponta Freitas.

“Então a história dele já não bate”, completa.

O titular da delegacia rio-negrinhense ainda afirmou que na mochila que estava com Edivaldo haviam roupas e comida, o que contribui com as evidências de sua participação no crime.

“O Clodoaldo também falou que estava indo arrumar emprego em Mafra, mas sem afirmar onde seria esse emprego, o que também não bate”, cita.

Sobre detalhes do homicídio, o delegado explicou que aguarda os laudos da perícia sobre qual foi a causa da morte.

“Esses resultados vão apurar se Marcelo foi morto na casa mesmo e se foi através de um golpe com alguma pedra, já que tinha uma pedra com sangue no local. Também será apurado se foi esse golpe que causou o traumatismo cranioencefálico na vítima além de comprovar se depois atearam fogo nele ou se ele morreu queimado”, frisou Rubens.

Ainda de acordo com o delegado, os dois suspeitos afirmaram não conhecer a vítima, contudo já foi apurado que a história também não procede.

“O Edivaldo falou que não conhecia a vitima e o Clodoaldo disse que só falaria em juízo, mas já apuramos que os três se conheciam sim. A suspeita é de que eles estariam juntos nessa noite e por alguma desavença acabaram brigando e matando a vítima”, detalha.

Rubens adiantou ainda que familiares e vizinhos da vítima serão ouvidos nos próximos dias, de modo que podem surgir novos detalhes sobre o caso.

“Queremos saber, por exemplo, se mais alguém que morava ali perto participou desse encontro, dessa festa deles que acabou na morte da vítima”, exemplificou.

No local também foi encontrada a carteira de identidade de uma pessoa, que será convocada para prestar depoimento na delegacia. Clodoaldo e Edivaldo estão na Delegacia de Polícia de São Bento do Sul, onde aguardam decisão judicial. Eles foram autuados em flagrante por homicídio.

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