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Novo decreto em SC: proprietários de quadras de futebol sintético em Rio Negrinho falam sobre as dificuldades enfrentadas durante a pandemia e expectativa com retomada dos esportes coletivos

RIO NEGRINHO. As medidas de flexibilização para eventos sociais e a autorização para a retomada de esportes coletivos de contato, publicadas pelo governo de Santa Catarina na última semana, serviram de alento não apenas para quem gosta de praticar alguma modalidade, mas também para quem possui espaços para a prática desses esportes e que estava literalmente parado por conta da pandemia. Um desses exemplos é o de Djeison Huebl, responsável pela quadra de futebol sintético D7 Society, no bairro São Pedro, em Rio Negrinho. Ele falou essa semana ao Nossas Notícias sobre as dificuldades enfrentadas no período em que não pode abrir o estabelecimento, bem como sobre a expectativa com a retomada dos esportes coletivos. “Fiquei fechado por um longo período sem nenhum retorno financeiro. Montei minha quadra em setembro de 2019 com um investimento elevado e visando um retorno a médio prazo. Trabalhei até março de 2020 e aí veio esse vírus e fez com que fechássemos”, relata. Segundo ele, aí tiveram início as decepções, pois o que era para ser uma área de lazer para a comunidade, se tornou quase um pesadelo, levando em conta o alto custo do espaço. “Como é uma área privada, sem nenhuma ajuda, foi difícil manter o empreendimento sadio. Fiquei devendo alguns fornecedores bem como contas de luz e água”, cita Djeison. “Em agosto, setembro de 2020 vieram as eleições e conseguimos abrir novamente, pois como todos sabemos quando o interesse é maior, pode-se tudo”, lembra. “Durante esses três meses ficamos abertos mesmo com limitações de público e uma série de regras. Ainda assim conseguimos trabalhar e tentar colocar a casa em ordem. Aí veio dezembro e mais uma vez fechamos, voltando a estaca zero novamente”, desabafa. Djeison reclama que a falta de consideração dos governantes é o que mais decepciona quem custa uma vida montando e idealizando um projeto “para que depois um seleto grupo de intelectuais deitem regras de quem pode ou não exercer sua profissão”, como mesmo se refere. “Não falo apenas por mim, mas por todos os proprietários de estabelecimentos que tiveram suas rendas e vidas comprometidas com todos os tipos de decretos arbitrários que nos foram impostos”, defendeu o empresário. “Acho que isso não afeta apenas a vida pessoal de empreendedores que, assim como eu, montaram seu negócio visando sim ter um sustento melhor para si e sua família, mas também o emocional acaba muito comprometido. Isso em muito casos é um mal irreversível”, acredita. Sobre a retomada das atividades ele diz que diante da atual situação há ainda muito o que esperar, mas mesmo deseja que o empreendimento não volte a ser obrigado a fechar. “Quem ainda está de pé, só está a pagar o estrago de um ano perdido pagando a conta de um ano praticamente fechado. A retomada é gradual devido às dívidas que se acumularam nesses meses parados”, afirma. Djeison diz ainda que a hora agora é de erguer a cabeça e começar de novo, mas sem poder fazer muito planejamento, pois é preciso aguardar que estejamos mais prevenidos contra o vírus e tomando os cuidados para que os empreendimentos não voltem a fechar. “Concordo que a doença pode ser letal em alguns casos, mas não podemos esquecer de que um pessoal que se mantém saudável, pratica atividades físicas continuadamente. Isso mantém não só a saúde física, bem como também a saúde mental”, encerra. ***/*** Gildo Munch, da Arena Gol de Placa, no bairro Industrial Sul, acredita que o atraso na flexibilização para liberação dos esportes coletivos tem relação com o momento político que o Estado vivencia com o processo de impeachment do agora governador afastado Carlos Moisés da Silva e sua substituição pela vice, Daniela Reihner. “Ficamos parados por muito tempo, aconteceram manifestações em Florianópolis para pressionar o governo estadual. O maior problema foi a mudança de governo. Uma hora era o Moisés, outra a Daniela”, cita o empresário. “Mas com o apoio de alguns deputados estaduais conseguimos umas reuniões com o entro de Operações de Emergência em Saúde (COES) e fizemos um protocolo de intenções para a volta das atividades físicas em grupo, não só o futebol, mas todos os esportes coletivos”, comenta ainda Gildo. Munch aponta ainda para o fato de que fazer atividades físicas só ajuda a melhorar a imunidade do corpo humano, já que a pessoa não fica em casa sendo sedentário. “Foi muito difícil ficar parado sem ter renda, pois as contas vêm e muitos passaram por dificuldades financeiras e ficaram doentes pela situação. Espero que a partir de agora não feche mais, pois vamos levar muito tempo pra se reerguer, tanto financeiramente como pessoalmente”, diz ainda o empresário.   Promoções

                                                                                               
   
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