RIO NEGRINHO. Quem frequenta o Café Boutique Cedro Rosa já sabe que lá as mudanças são constantes. E a cada mudança, o ambiente surpreende e encanta o público, que além das muitas opções do cardápio encontra também um ambiente aconchegante e cercado de arte.
E não é só isso: no local, há uma área aberta, onde se encontra muitas espécies de plantas, num misto de horta com jardim, como descreveu a sócia proprietária Casciane Antunes.
Não à toa, ela é uma das integrantes do grupo “Suculentas, Cactos, Folhagens e Flores em Rio Negrinho”, que já reúne 2,3 mil pessoas no Facebook ( clique aqui para fazer parte ). A iniciativa de reunir amantes de plantas em geral foi de Claudinéa Liebl e Vanisse Tureck de Oliveira ( clique aqui para ler a matéria ), que decidiram usar a internet para reunir cultivadores em tempos de pandemia.
E assim como vários outros integrantes do grupo, Casciane já era apaixonada por plantas há muito tempo.
“Minha mãe cuidava da gente em casa com chás caseiros e minha avó Catarina me ensinou a cultivar. Daí, há quase cinco anos pensei em plantar uns temperinhos nos fundos do café. E dessa iniciativa surgiu o que hoje é uma linda horta-jardim! Temos temperos orgânicos, que usamos nos pratos que preparamos na nossa cozinha. Também temos 13 diferentes ervas de chá, que são servidos aos clientes. Dentre ervas e temperos, já são mais de 20 espécies”.
No jardim do Cedro Café também há muitas flores, das mais simples àquelas que, principalmente, tem uma relação com a história de Rio Negrinho.
“Eu quis resgatar várias dessas espécies, como a ‘Flor Funcionária’, que é aquela flor lá dos jardins das nossas avós. Temos também a Bougainville, que é a nossa flor aqui de Rio Negrinho; inclusive ela foi usada no Projeto Primavera, implantado no Parque Paul Harris. Fora isso temos uma mini Dália, que é uma flor antiga de jardim além de várias suculentas, cujas mudas inclusive ganhamos de várias pessoas. E outro dos nossos destaques são os pés de café, que estão crescendo de vento em popa”.
Casciane contou também que a formação da “horta-jardim” teve ainda a participação de seu pai, Valdir e de seu esposo.
“Então, acho que neste quesito eu ensinei o Haroldo a gostar do cultivo de plantas rsrsrs e ele agora curte muito! Ajuda a manter e fala para todos clientes irem conhecer e passear lá atrás. Ele se tornou um grande companheiro nesse trabalho também!”.
Terapia na pandemia
Desde a pandemia, que começou em março do ano passado, Casciane e Haroldo começaram a se dedicar mais à “horta que virou ‘horta-jardim'” e dentre momentos de incerteza e da necessidade de se adaptar ao “novo normal”, eles encontraram nos cuidados com o espaço, uma forma de terapia.
“No início da pandemia, quando a casa teve que ficar fechada durante muitos dias, nos dedicamos a cuidar das plantas do café. Depois, na época em que podíamos atender somente pelo delivery, continuamos esse trabalho, que na verdade virou uma terapia. Hoje, continuamos cuidando desse espaço especial, que tem surpreendido tantas pessoas. Posso dizer que cuidar das plantas nos fez olhar para o que a gente tinha. Foi uma válvula de escape que nos conectou com nossa essência, com o jeito simples de cuidar das coisas mas que faz tanta diferença para o nosso dia a dia, para a natureza e para o bem estar de todos os que recebemos aqui no Café Boutique Cedro Rosa”.
Curiosidades
- No café também tem muda de capuchinha, uma planta comestível.
- “Outro espécie que tem no local é a ‘Peixinho da Horta’, outra planta comestível, que ganhamos da Ciliane Augustin, da Ornato Jardins. Ela também nos ajudou com o projeto do nosso ‘jardim-horta’, juntamente com a Laudete Caikoski e suas artes O ‘peixinho da horta’ pode ser servido frito e tem um sabor incrível”, conforme Casciane. Além disso, a planta é conhecida também como “Cataflan”.
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