Nossas Notícias

Sidnei dos Santos, bombeiro que sofreu três paradas cardiorrespiratórias durante jogo de futebol em Rio Negrinho, fala sobre a recuperação após passar pelo susto em outubro do ano passado

RIO NEGRINHO. O dia 27 de outubro de 2020, com certeza ficará marcado para sempre na vida de Sidnei Rogério dos Santos, de 55 anos, bombeiro militar hoje aposentado após mais de três décadas dedicadas ao serviço como SalvaeR (especialista em salvamento e resgate em montanhas, desabamentos de prédio, poços, socorro urbano e outros). A data remete ao episódio no qual ele, durante uma partida de futebol, no ginásio do Briskão, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Passados pouco mais de três meses do grande susto, Sidnei, hoje em recuperação, falou ao Nossas Notícias. “Foi uma obstrução das artérias de fora para dentro, quando geralmente acontece o processo inverso”, explica. “As artérias estavam finas e colabaram, ocasionando as três paradas no total, na terceira foram 40 segundos em off”, explica, o Bombeiro. Destaca porém que a prática esportiva sempre fez parte de sua rotina. “Naquele noite, aos 20 ou 30 minutos de jogo, de repente só me falaram que eu estava estático, que não brincava, como geralmente fazia”, detalha. Com 32 anos como Bombeiro, Sidnei afirma não ter como contar quantas massagens cardíacas ele fez em sua profissão, mas afirma ele, com certeza, que a que recebeu “foi a melhor de sua vida”. Segundo ele, os colegas de jogo, também bombeiros, fizeram tudo e mais para salvá-lo até que o mesmo fosse conduzido a Fundação Hospitalar. “Eles sabiam que eu precisaria de oxigênio até que pudesse ser deslocado e assim o fizeram. Sou eternamente grato, pois conforme eles me contaram depois, o momento em que tentavam me manter vivo foi muito emocionante e também de muita tensão”, conta. Momentos no hospital Sidnei faz questão de destacar o apoio da irmã Juliana Vellasques, durante todo o episódio que viveu. “Ela largou tudo para me ajudar, juntamente com seus esposo Cleverson, que deu todo apoio para que ela pudesse estar comigo. Não saiu em momento algum, falando com médicos, bombeiros,…Se fosse preciso falaria com Governador. Também não poderia deixar de citar a dedicação dos meus irmãos Jaqueline Grossl e Jerônimo Roberto”, conta Sidnei, que ainda não consegue lembrar com clareza de alguns momentos após a parada cardiorrespiratória. A chegada da Aeronave até Curitiba onde deu continuidade na recuperação Logo depois de chegar no hospital de Rio Negrinho, a irmã e o cunhado, com o apoio de familiares e profissionais do hospital, acabaram conseguindo que o comando do Corpo de Bombeiros do Paraná, onde o Bombeiro atuou, ficasse sabendo do ocorrido.  A partir daí, em poucos minutos, o helicóptero Falcão 3, da Força Aérea do Paraná, veio até Rio Negrinho e o levou para o Hospital da Polícia Militar na capital paranaense. O Bombeiro disse também que em um momento em que passava por toda essa situação, veio em sua mente a lembrança de um Salvamento de uma família cujo caminhão havia caído em um rio. “Tiramos a mãe, o filho e a filha, mas a dificuldade maior foi de resgatar o pai, que comentou que eu havia devolvido a sua família e que um dia tudo isso iria voltar. Na época eu não entendi”, conta emocionado. Recuperação e projetos Dois meses após a parada cardiorrespiratória, em dezembro, Sidnei mesmo recuperado, ouviu de seu médico que deveria continuar em repouso por mais três meses ao menos, mas admite que a vontade de voltar a ativa já é grande. Amante de atividades radicais, Sidnei tem formação para atuar em operações de Salvamento em Montanha Aquático e Terrestre, com cursos inclusive na Itália. “Acredito que daqui a quatro ou cinco meses vai ficar tudo bem. Já estou pensando, com amigos de fora, em dar prosseguimento como Guia fora do país”, diz. “Portugal está na mira”, adianta. Santos contou que tem outro projeto relacionado ao turismo de aventura para pôr em prática em Rio Negrinho. “Trata-se de algo voltado a toda a cidade”, adiantou, prometendo mais detalhes em breve. O futebol também deverá contar com o retorno de Sidnei se seu cardiologista assim permitir. Mesmo ainda não podendo praticar a atividade esportiva, ele acredita que o retorno possa ser por abril ou maio. Outro susto há 10 anos O aprendizado com a parada cardiorrespiratória que ocorreu em outubro não foi o único grande susto que Sidnei tomou. Ele conta que há 10 anos sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e também foi atendido em Rio Negrinho, cidade onde tem o pai, ( José Waldir dos Santos, mais conhecido como Aritana), irmãs e irmãos e onde reside há alguns anos. Na época, ele admite ter sido o estresse extremo o culpado pelo acidente e que desde então aprendeu a lidar com a situação. “Mas agora foi diferente, essa situação me mostrou que tenho que aproveitar essa chance. Quantas pessoas morrem nos hospitais, nos corredores ou nem sequer chegam a ser atendidas. Eu estava lá no momento certo, com as pessoas certas. Então quero continuar a vida sendo melhor, sendo útil, somando. A gente está aqui só para somar”, desabafa. Confira a matéria completa sobre o atendimento que Sidnei recebeu em outubro clicando aqui. Promoções ]]>

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