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"Aplicativo da PM tem botão de pânico para atendimento à mulheres vítimas de violência doméstica", destaca coronel Kuze em evento online

SÃO BENTO DO SUL. O aplicativo da Polícia Militar de Santa Catarina, intitulado PMSC Cidadão (baixe nos links disponíveis no final da matéria) possui dentre várias funcionalidades, o botão de Pânico, destinado a atender mulheres cadastradas na Rede Catarina de Proteção a Mulher. A ferramenta garante o atendimento prioritário à mulheres vítimas de violência doméstica que porventura não consigam no momento da agressão acessar o telefone convencional ou mesmo fazer uma ligação via celular. O aplicativo foi lançado no estado em novembro do ano passado e está disponível para moradores de todos os municípios porém, na região, até o momento há 16 mulheres cadastradas. A informação foi divulgada pelo coronel João Carlos Benassi Borges Kuze , comandante do 23° Batalhão da Polícia Militar, que atende a população de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre. Kuze foi um dos palestrantes no evento online “A lei Maria da Penha e a pandemia”, organizado pela Polícia Civil em parceria com a Univille de São Bento do Sul, que aconteceu na noite do dia 31 de agosto. Das 16 vítimas cadastradas até o momento, ele contou que uma usou o botão de pânico, tendo o atendimento resultado na prisão do agressor. “Temos divulgado essa funcionalidade do aplicativo e pedimos que o serviço seja cada vez mais divulgado para que possamos chegar a todas as que precisarem dessa modalidade de atendimento”. Kuze contou que as vítimas de violência doméstica relatam problemas de relacionamento como sendo os principais desencadeadores das ocorrências e citou que mais de 50% das situações atendidas entre casais em 2019 e até agora neste ano são de ameaças de companheiros ou ex-companheiros, ( maridos, namorados ou ex ). Ainda segundo os dados divulgados por ele, entre 1% e 2% dos conflitos registrados pela PM evoluem para algum tipo de lesão. “Porém as ameaças muitas vezes podem ser o estopim de uma situação ainda mais grave. Em se tratando de números a se destacar, vale lembrar que tivemos um feminicídio em Campo Alegre em 2017 e que neste ano, em junho tivemos dois homens presos. Um porque estragou as roupas da vítima com alvejante e a impedia de se comunicar com outras pessoas e o segundo, que descumpriu medida protetiva e feriu a vítima com faca. Essa vítima estava cadastrada na Rede Catarina de Proteção à Mulher e graças ao atendimento rápido da PM não aconteceu nada pior”. Ao contrário do que muitos pensam e do que a própria Polícia Militar esperava, o período de isolamento social, não interferiu no aumento das ocorrências de violência contra a mulher, segundo ele. “Foi um dado que nos surpreendeu, pois na nossa região, em comparação com 2019, no mesmo período, esse número diminuiu agora”. O comandante também frisou que a Polícia Militar criou em Santa Catarina a Rede Catarina de Proteção à Mulher porque ocorrências de violência contra a mulher eram o quinto delito de maior incidência no estado. O programa, que tem a prevenção e o atendimento às vítimas como principais objetivos, disponibiliza uma policial para atender às mulheres e se desdobra também na Patrulha Maria da Penha. “Nas três cidades da região temos até agora mais de 200 cadastradas e mais de 200 já foram atendidas, tanto no tocante aos procedimentos policiais, quanto para posteriores encaminhamentos para atendimentos de acolhimento, principalmente em parceria com a Polícia Civil, Univille, JCI e CRAS. A Patrulha Maria da Penha em um ano e meio já fez 688 visitas a vítimas de São Bento do Sul e outras 67 em Rio Negrinho. No momento há 65 medidas protetivas ativas a favor de vítimas de violência em São Bento do Sul e outras 20 em Rio Negrinho”. Para baixar o aplicativo PMSC Cidadão:  Clique aqui para acessar pelo sistema Android Clique aqui para acessar pelo sistema IOS O evento completo está disponível no YouTube (clique aqui para assistir ). Os demais palestrantes do encontro foram:

  • Odair Rogério Sobreira Xavier – Delegacia Regional de Políciade São Bento do Sul
  • Advogada Débora Cristina Peyerl – Professora e coordenadora do curso de Direito da Univille Campus São Bento do Sul
  • JuízaFabrícia Alcântara Mondin – Tribunal de Justiça de Santa Catarina
  • Psicóloga Suelen Bianca Araújo – Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de São Bento do Sul
  • Advogada Sheila Buscoski Varella – Ordem dos Advogados do Brasil –Subseção de São Bento do Sul
  • Promotor de Justiça Djônata Winter – Titular da 2ª Promotoria de Justiça de São Bento do Sul
  • Cleide Regina Pereira – Serviço Social da Prefeitura de São Bento do Sul
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