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Após jovem sofrer grave acidente em Rio Negrinho, moradores buscam solução para estreitamento de rua causado pelo excesso de vegetação de uma área particular no bairro Campo Lençol

RIO NEGRINHO. Bruna Levandowsky tem 26 anos, é acadêmica de Medicina Veterinária no campus da Unisociesc em São Bento do Sul e há pouco começou a trabalhar como faturista na Miller Interiores. Há exatamente uma semana, ela estava quase chegando em casa, pilotando sua Biz 125, na Rua Sebastião Ferreira da Veiga, no bairro Campo Lençol. Tudo ia bem até que viu uma taquara na via, que é uma “estrada de chão”. A taquara, caiu de uma propriedade particular, que como diz o popular Português, está sendo tomada pelo “mato”. Em função disso, neste trecho, a rua que é de duas mãos, não oferece condições de visibilidade nem tem espaço para a passagem de mais de um veículo.

NA FOTO, UM DOS TRECHOS DA RUA
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E foi ao tentar desviar da taquara, que  Bruna viu, logo em seguida, um caminhão vindo em sentido contrário. Ela acabou perdendo o controle da moto e para evitar que o caminhão passasse inteiramente por cima dela, se jogou no chão. O caminhão, por muita sorte, não passou por cima de suas duas pernas, mas uma delas chegou a ficar com a marca de um dos pneus. A jovem teve uma parte da perna esmagada, uma fratura no osso e várias escoriações.
NA FOTO, O LOCAL DO ACIDENTE, NO DIA DA OCORRÊNCIA
“Ninguém teve culpa de nada. Na hora, senti muita dor e cheguei por duas vezes a ouvir meus ossos estalando. Só gritei para o motorista, pedindo para ele dar a ré, chamar o socorro e também meus familiares. A dor e a situação em si eram insuportáveis”, relembrou.
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A reportagem do Nossas Notícias foi até o local onde conversou pessoalmente com Bruna, com seus familiares e com o motorista do caminhão, Darci Fossile. Ele mora na mesma rua que Bruna e em função do pouco espaço da via, costuma fazer um retorno até a entrada da propriedade da família da jovem para aí, sim,poder estacionar o caminhão em frente a sua própria casa.
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    “Quando vi a Bruna parei o caminhão e só esperei ela bater, não tinha o que fazer. Por um momento tive a impressão que o caminhão tinha passado por cima da perna dela. Graças a Deus eu não vinha em uma velocidade maior, senão tinha passado completamente por cima dela”.     Seu Darci contou que ainda muito nervoso, deu a ré no veículo, chamou o SAMU, foi socorrer a jovem e chamou seus pais. Ele disse também que no mesmo dia tinha uma viagem marcada para outra cidade e entrou em contato com a empresa em que trabalha para contar o acontecido e pedir para que o compromisso fosse desmarcado. “Fiquei muito mal, nem dormi direito”. Ele também contou que muitas pessoas passam em alta velocidade pela rua, apesar de a via não ter muito movimento.
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” O pessoal que faz trilha de moto passa bastante por aqui; também vários carros em situações específicas, quando tem algum evento organizado por um ou outro  vizinho”. Além disso ele enfatizou que a via está sendo “atropelada” pela vegetação. Segundo Fossile, a rua deveria ter 11 metros e hoje, em função do problema, tem pouco mais de 4. Ele ainda disse que para ter espaço para estacionar seu caminhão em frente de casa, ele mesmo fez algumas adequações, instalando inclusive 42 tubos.
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Até aquele dia, seu Fossile não havia se envolvido em nenhum acidente, em sua longa carreira como caminhoneiro. Ele comunicou que falou com a empresa para que o seguro contra terceiros do caminhão fosse acionado. E COMO  ESTÁ BRUNA? A jovem ficou vários dias internada na Fundação Hospitalar de Rio Negrinho. Apesar de ainda estar em uma situação de “alerta”, em que ela precisa ser seu próprio e único foco, Bruna lembrou de agradecer o tratamento que recebeu no hospital. “Nunca fui tão bem tratada em um local que  não fosse a minha casa. Só tenho a agradecer os cuidados do dr. Pedro Aleixo, ortopedista e das enfermeiras Rosane, Selma e Mari. Com eles percebi o quanto tem pessoas humanas,que se colocam no lugar das outras e trabalham para o bem estar do próximo”.
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Bruna já está em casa mas precisa ter cuidado máximo com a perna. Está tomando antibióticos fortíssimos para evitar uma infeção no local e garantir que continue a andar e se movimentar normalmente depois da recuperação, que deve demorar cerca de 90 dias. Até lá, pode só andar em cadeira de rodas e nem pensar em apoiar a perna para fazer qualquer tipo de movimento. Para se ter uma ideia da gravidade do acidente e do estado delicado que ainda se encontra, ela contou que ontem, tateando a perna, percebeu que ainda tem uma pedra da rua dentro do membro. Mais uma consequência do acidente. O QUE ELA ESPERA AGORA?
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Ela salientou que diante do ocorrido – que poderia inclusive ter sido um acidente fatal – espera que sejam tomadas as providências necessárias, que em sua opinião são a poda das árvores cerca de dois metros para dentro da propriedade particular e uma roçada na parte pública da via. O PAI DE BRUNA,HÁ MUITOS ANOS, JÁ FOI PROCESSADO E TEVE QUE PAGAR MULTA POR, VISANDO O BEM ESTAR DOS MORADORES E PESSOAS QUE PASSAM NO LOCAL, TER PAGO UM PROFISSIONAL PARA LIMPAR O TERRENO PARTICULAR QUE HOJE ESTÁ TOMADO PELA VEGETAÇÃO O pai de Bruna, Ornélio Levandowski, contou que lamenta muito a situação e que se sente revoltado diante do fato,pois há alguns anos ele mesmo pagou um profissional para fazer uma limpeza no terreno do vizinho. “Naquela época o mato também  estava tomando conta da estrada e como não tínhamos nenhuma solução,visando o bem de todos e já pensando em evitar um acidente,paguei uma pessoa para limpar três metros da área, para dentro da cerca”. Segundo seu Ornélio, ele foi denunciado por “desmatamento” e outros crimes ambientais e precisou desembolsar mais de R$ 3 mil de multa e ter tido que fazer muita correria. Assim como ele, Bruna e Darci também aguardam uma solução. O QUE DIZ A PREFEITURA
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  Nossa reportagem conversou hoje a tarde com Marlete Schroeder, Secretária de Planejamento. Ela disse que situações como essa são complicadas  e que os trâmites adotados  quando são informados do problema são localizar o proprietário do imóvel e notificá-lo para fazer a limpeza. Marlete pediu o endereço da família e garantiu que faz questão de ir até o local conversar com os Lewandowski. O Secretário de Infraestrutura, Hélio Clemente,também foi contatado pela reportagem. Ele garantiu que entrará em contato com a Secretária Marlete e acompanhará a situação pessoalmente.
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