Nossas Notícias

Encontrado ao lado da mãe morta em São Bento do Sul, bebê bugio morre horas depois de ser resgatado

  SÃO BENTO DO SUL. Era mais uma quarta-feira comum para Robson, que neste dia 16 estava trabalhando em um estabelecimento que fica na Serrinha, em São Bento do Sul, em trecho que liga a cidade à Campo Alegre. Só que de repente ele ouviu um barulho que parecia ser de um  nenê em um matagal em frente. “Fui até lá e encontrei um filhote de bugio junto à mãe, que estava morta”, contou. A partir daí ele entrou em contato com a Polícia Militar, bombeiros e com a Vigilância Sanitária. Horas depois, o animal entrou em óbito. O QUÊ VOCÊ DEVE FAZER SE ENCONTRAR UM BUGIO, VIVO OU MORTO?

Continua depois do anúncio 
Além deste bugio bebê, mais de cinco macacos foram encontrados mortos na região neste mês. Em função disso, nossa reportagem conversou com a professora Ana Carolina Fredianelli,  Médica Veterinária, Mestre em Ciência Animal e professora do curso de Veterinária da Unisociesc São Bento do Sul. Ela também é especialista em acupuntura em animais e trabalha com animais silvestres há mais de 10 anos. A especialista deu algumas dicas de como se deve proceder em caso de se encontrar um bugio ou outro animal silvestre. Evite tocar no animal
Continua depois do anúncio 
Animais silvestres são estressados e não estão acostumados com o contato humanos direto. Portanto podem reagir com mordidas e arranhões, nos ferindo gravemente e até mesmo passando algumas doenças como a raiva. Da mesma forma, durante o contato próximo, o ser humano também pode passar doenças aos animais silvestres, como por exemplo o herpes, que pode ser letal a macacos, por exemplo. Se for extremamente necessário tocar no animal 
Continua depois do anúncio 
Se for extremamente necessário tocar o animal, use luvas de procedimento, luvas de couro e máscara. O uso desses equipamentos de proteção individual servem para não pegarmos e nem passarmos nenhuma doença aos animais silvestres. No caso do bugio especificamente
Continua depois do anúncio
No caso específico de um bugio, a Vigilância Epidemiológica da cidade deve ser acionada imediatamente. Cada cidade possui equipes multidisciplinares para agir nesse momento e somente eles podem nos orientar com precisão. Esses profissionais recolherão o bugio morto e o encaminharão para a realização de testes para saber se estava positivo para febre amarela. Caso o bugio esteja morto 
Continua depois do anúncio 
Caso o bugio esteja morto, eles também são responsáveis por encaminhar para cuidados de veterinários treinados para o manejo de fauna silvestre. Animal em risco de vida  Em caso de animal silvestre em risco de vida ou colocando em risco a vida pessoas, o corpo de bombeiros militar e a polícia militar ambiental também podem ser contactados para orientação. Demora no atendimento 
Continua depois do anúncio 
A especialista também comentou que aqui na região tem percebido uma certa demora para as ações quando se trata de animais silvestres resgatados. ” Por isso é muito importante que quando a pessoa ver que se trata de um filhote (de qualquer espécie que seja),  procure os órgãos responsáveis ou os profissionais do curso de Medicina Veterinária da Unisociesc , para que o atendimento veterinário especializado ocorra o mais breve possível. Os filhotes são mais frágeis e em curto período de tempo sem cuidados ou com cuidados inadequados podem entrar em óbito”, finalizou.  Por qual motivo vários bugios tem sido encontrados neste período na região? 
Continua depois do anúncio 
Muitas pessoas tem se perguntado porque vários bugios tem sido encontrados na região de Rio Negrinho, São Bento e Campo Alegre neste mês. Conforme Stanley Viliczinski, acadêmico de Medicina Veterinária da Unisociesc e especialista autodidata em animais peçonhentos, os motivos são variados. “Agora nessa época tem vários fatores, como: diminuição do espaço deles, brigas devido acasalamentos, ataque por animais domésticos, além da possibilidade de febre amarela. Porém cada caso deve ser estudado isoladamente, como agora é época de reprodução e as populações teoricamente vem perdendo espaço eles comumente são encontrados em áreas urbanas”. Viliczinski comentou também que no caso do bebê bugio, o correto seria ele ter sido  resgatado com a mãe, mesmo ela estando morta. “Esse é um dos vários procedimentos padrão nesses casos”, frisou.

IMPORTANTE : macacos não transmitem o vírus da febre amarela

Continua depois do anúncio 
Pelo contrário. São tão vítimas quanto os humanos. E ainda cumprem uma função importante: ao contraírem o vírus, transmitido em ambientes silvestres por mosquitos do gênero Hemagogo, eles servem de alerta para o surgimento da doença no local. Desse modo, contribuem para que as autoridades sanitárias tomem logo medidas para proteger moradores ou pessoas de passagem na região.

Como a doença é transmitida em humanos

Continua depois do anúncio
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A febre amarela tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.
Anúncios
   ]]>

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram