Nossas Notícias

"Estamos cansados de tantas promessas ao longo do tempo, queremos uma solução", desabafam moradores do Campo Lençol; prefeitura garante que atenção especial será dada a reivindicações apresentadas por eles

Anúncio RIO NEGRINHO. Parte de Rio Negrinho foi construída ao longo do rio que corta a cidade e que leva o seu nome. Essa é, nestes 139 anos do município, uma realidade que tem como uma das marcas eventuais enchentes que ao longo da História trouxeram resultados desalentadores para a população. Porém, nos últimos anos, moradores de áreas fora de risco de enchentes vem sofrendo com preocupantes alagamentos sempre que chove mais forte. EM FRENTE À PANIFICADORA IPHOME, NA ESQUINA DAS RUAS AMANDUS OLSEN E JOSÉ KINGERSKI Um dos casos mais recentes e que chamou muito a atenção aconteceu na última quinta-feira (30), no bairro Campo Lençol,mais precisamente na esquina das ruas Amandus Olsen e José Kingerski. Ali, além de algumas residências, fica também a Panificadora Iphome, que aparece na foto abaixo bastante atingida pelas águas. “EXPERIÊNCIA TERRÍVEL”

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A imagem, juntamente com outros vídeos, circulou nas redes sociais, chamando a atenção também da reportagem do Nossas Noticias, que na tarde desta segunda-feira (03), esteve no local, conversando com Almir Pacheco Padilha, um dos proprietários do local. Ele classificou o ocorrido no dia 30 como uma “experiência terrível”. “Começou a chover forte, não parava de chover. Percebi que ia alagar novamente e liguei para o meu padrasto que estava trabalhando. Quando desliguei o telefone e vim na frente da panificadora já estava tudo cheio, foi questão de um minuto”. Padilha disse que nesse ínterim seu padrasto já chegou. Depois vieram o vizinho, o irmão e o pai. “Tivemos nós que pegar pá, enxada e ferramentas e ir desentupir os bueiros”. BUEIRO “NÃO VENCIA” A QUANTIDADE DE ÁGUA 
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Segundo ele, o bueiro em frente a panificadora estava entupido com pedras, mato e algum lixo e não “vencia a quantidade de água”. “Foi enchendo até a água chegar cerca de 2 cm abaixo da porta da panificadora. E quando passava carro a água ainda fazia onda na porta”, relembrou. Padilha falou que o entupimento do bueiro se deve a dois fatores: os tubos são de 60, o que seria um diâmetro menor do que o ideal e no local desemboca água do topo da Serrinha, da área de mato  da frente da panificafora, da área acima que fica no entorno da Igreja Santa Rita e da Morada do Sol. PROBLEMA QUE VEM SE ALASTRANDO HÁ ANOS
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O problema, conforme relatou, é de muitos anos e se agravou há cerca de 7 anos quando foi colocado asfalto na rua em frente a panificadora. “Colocaram tubos de 60 também”, citou. MORADOR SUGERE A CONSTRUÇÃO DE UMA GALERIA COMO SOLUÇÃO A reportagem também conversou com o vizinho de Almir, Luiz Carlos. Ele contou que há muitos anos vem solicitando à prefeitura a construção de uma galeria na esquina das ruas Amandus Olsen e José Kingerski. “Cada vez que entra um prefeito novo a gente vai lá e pede mas até hoje a situação não foi resolvida”, declarou, com o apoio de Almir. “Toda vida está em projeto a construção da galeria. Moro aqui há 17 anos e o Luiz há 27. Chegaram a questionar porque essas casas foram construídas abaixo do nível da rua mas as casas foram feitas antes do asfalto, no nível da rua; foi o asfalto que foi colocado acima do nível”, reclamou Almir. Para ele, essa situação precisava ter sido pensada antes da colocação do asfalto. “Porque o asfalto é uma obra para toda vida”. ASFALTO A 1,20 METROS ACIMA DO NÍVEL DA RUA 
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Luiz Carlos falou que quando foi fazer o projeto de sua casa, há alguns anos,  chegou a ir na prefeitura e perguntar sobre como ficaria a via depois da colocação do asfalto. “Me garantiram naquela época que o asfalto não ia ficar a mais de 40 cm de altura da rua e acabou ficando a 1,20 metros acima do nível”. CANSADOS Os vizinhas disseram que estão cansados de pedir uma solução para o problema. “Falam que as bocas de lobo não vencem mas tem que vencer. Não temos o que dizer para a prefeitura, o que queremos que eles façam. Eles é que tem que dizer o que vão fazer. É a mesma coisa que eles chegarem na padaria e eu perguntar o que eles querem que eu faça”, desabafou Almir. “PROBLEMA PEQUENO? SÓ SE FOR PARA QUEM NÃO MORA AQUI” Padilha falou ainda que chegou a ouvir de uma pessoa que o problema enfrentado pelos moradores é pequeno. “Mas é um problema pequeno só para quem não mora aqui. Na quinta-feira saímos como loucos, no meio da chuva, para desentupir bueiros. Chegamos a tirar as grades dos bueiros para ver se ajudava a resolver o problema”. EQUIPE DA PREFEITURA FOI ATÉ O LOCAL NO DIA SEGUINTE Ele relatou que após o alagamento, uma equipe da prefeitura foi ao local para verificar uma solução do problema. “Fizeram uns buracos do outro lado da rua. Em pontos serviu porque tem uma tubulação ali. Um pouco ajudou, outro pouco não, porque jogaram a terra para cima do barranco. Foi um serviço provisório, mas queria saber: provisório até quando?”. “RESOLVEMOS DIVULGAR AGORA PORQUE NÃO AGUENTAMOS MAIS” Almir disse também que espera não sofrer mais com os alagamentos nem ver a situação atingir sua vizinhança. “A gente quer que não pegue mais enchente na nossa casa porque não moramos bem perto do rio. Só que a gente fala com um, fala com outro e dizem que vão achar uma solução. Daí a prefeitura vem um dia, desentope algumas bocas de lobo e vai embora. É só aquela vez, pode passar mais meio ano que se a gente não for atrás eles não vem de novo. Sempre aconteceu dessa forma por isso dessa vez decidimos fotografar, filmar e divulgar. Estamos cansados de promessas, queremos uma solução”. O QUE DIZ A PREFEITURA  A reportagem do Nossas Notícias, na manhã de ontem (05) entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura e questionou sobre as perspectivas que os moradores podem ter com relação as reivindicações apresentadas. “Está sendo verificado qual a melhor solução. Se ampliação da tubulação atual, construção de galeria ou às vezes apenas limpeza da tubulação atual. Com os vários estragos registrados por conta das chuvas, a prioridade está em recuperar esses problemas, mas já na sequência lá receberá atenção especial”, garantiu o jornalista da administração municipal, Fabiano Kutach.  ]]>

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