SÃO BENTO DO SUL. O comitê de crise para enfrentamento da Covid-19 fez nova reunião virtual nesta quinta-feira (24), para tratar sobre a recomendação quanto ao uso de máscaras por parte de pessoas que estejam se servindo em bufês e também dos garçons dos estabelecimentos de gêneros alimentícios.
O pedido para que a máscara seja mantida partiu de algumas pessoas da comunidade, as quais procuraram a Secretaria de Saúde.
De acordo com a secretária de Saúde, Carmen Binotto, as pessoas dizem que se sentiam mais seguras ao ir a restaurantes, mas agora também consideram o ato como sendo mais higiênico.
A secretária explicou que esta questão já não envolve mais o enfrentamento à Covid-19, porém, trata-se de uma situação de Vigilância Sanitária. Ainda assim, optou-se por apresentar a questão ao comitê, que aprovou a determinação.
“Estamos retomando a vida normal, porém agora entram as normas de vigilância sanitária”, disse.
Conforme a diretora do Centro de Vigilância à Saúde, Silvana Bianco Bauer, já existe legislação que determina o uso de anteparo salivar sobre os bufês, ou seja, vidros que têm justamente objetivo de evitar que saliva durante as conversas caia sobre os alimentos.
“Mas estamos com muitas reclamações de pessoas que estão se sentindo desconfortáveis pela falta de máscaras das pessoas ao se servirem”, justificou.
No caso dos garçons, como circulam entre as mesas e muitas vezes carregando algum tipo de alimento, o motivo é o mesmo. Ou seja, os pedidos são para que eles utilizem máscaras para evitar que gotículas de saliva caiam sobre os alimentos.
Por conta disso, a Vigilância Sanitária então vai emitir uma nota técnica determinando o uso das máscaras tanto por parte de garçons como por parte da população ao se servir nos bufês de São Bento do Sul.
A secretária Carmen Binotto explica que o decreto de calamidade pública do governo do Estado encerra no dia 31 deste mês e com isso, todas as regras referentes à Covid-19 deixam de existir. No caso da Prefeitura de São Bento do Sul, também já estão sendo revistos decretos e leis que tratam da questão para que possam ser revogados.
“Nada mais será obrigatório, somente recomendado”, disse.
Por conta disso, o uso das máscaras em restaurantes e por parte de garçons terão que fazer parte de regras da Vigilância Sanitária do município.
“É uma questão de higiene, mas que vai trazer muitos outros benefícios, em especial com as doenças sazonais que temos, como é o caso da gripe, também ocasionada por vírus”, acredita. “Temos que tirar alguma coisa boa de toda essa dificuldade que enfrentamos, assim como as máscaras para uso nos bufês. Temos o exemplo dos orientais que muito antes da pandemia já usavam para proteger os outros. Que nós, brasileiros, também possamos ter aprendido com isso”, concluiu.
Velórios
Ainda está em vigor o decreto municipal que trata sobre a limitação de horário dos velórios em São Bento do Sul, porém, as funerárias do município já foram comunicadas pela Vigilância Sanitária que a norma será revogada e, desde já, podem voltar a ser realizados velórios a qualquer horário, inclusive nas madrugadas.
“Sabemos que é um momento de despedida e, portanto, as famílias podem optar por qual horário pretendem fazer os velórios”, disse Silvana. A regra somente não vale para vítimas de Covid-19. Nestes casos, não podem ser feitos velórios.
Vacina
Carmen ainda falou sobre a abertura dos postos de saúde do município, dois sábados por mês, para vacinação contra a Covid-19. O pedido segue para que a população não deixe de procurar a terceira dose. No caso das crianças, muitos pais têm procurado as unidades nos fins de semana.
“As pessoas estão deixando de acreditar em fake news e estão vendo que a vacina tem trazido resultados positivos”, disse.
De acordo com a secretária de Saúde, não existe nenhuma previsão ou norma tratando sobre aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 para a população em geral. O que existe são para idosos em casos específicos, como os que possuem doenças imunodepressivas ou algumas crônicas.
“Se um idoso faz hemodiálise, ele pode receber a quarta dose. Se o idoso tem câncer e o médico pedir, então ele pode fazer”, explicou.
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