Em Rio Negrinho, especialista em cogumelos comestíveis ministra workshop especial Deixe um comentário / Meio Ambiente / Por suporte [caption id="attachment_57224" align="alignnone" width="300"] Na foto: Marcelo, seu sócio, Guita, Chef Alexandre e Chef Zimba[/caption] RIO NEGRINHO. No Brasil em especial eles são conhecidos como os champignons, servidos em pizzas e estrogonofes, mas na natureza eles são milhões. Sim! Cogumelo não é só champignon! E foi sobre isso que Marcelo Aloísio Sulzbacher, biólogo, doutor em Biologia de fungos e especialista em cogumelos comestíveis, falou na “Imersão ao mundo dos cogumelos comestíveis da serra catarinense”, que aconteceu na Casa da Guita neste domingo (20). Além da presença do especialista, o encontro contou com a participação dos chefs Zimba (Café no Bule ) e Alexandre Ehlert, que serviram pratos especiais com cogumelos. E, sim, nossa reportagem esteve na Casa da Guita e entrevistou o especialista, que é referência nacional na área. No evento, que durou cerca de 10 horas, os participantes viveram uma experiência bastante diferenciada: fizeram uma caminhada na floresta da Casa da Guita, em uma “caçada aos cogumelos”, sob a supervisão de Sulzbacher. “Foram encontradas cerca de 40 espécies diferentes. Eles foram colocados todos em duas mesas e foram sendo catalogados”. Sulzbacher contou que junto com outros especialistas, já catalogou em torno de 200 espécies de cogumelos comestíveis no Brasil, um processo bastante técnico, que pode durar algumas horas caso o cogumelo investigado já tenha referência na literatura mundial, até a 10 anos ou mais, caso a planta ainda seja completamente desconhecida até aquele momento. Para ele, o encontro em Rio Negrinho foi bastante produtivo, tendo em vista que o seu objetivo foi divulgar a ampla variedade de cogumelos comestíveis e capacitar o público leigo a identificá-los. “O ideal seria um trabalho de vários dias, mas depois desse primeiro momento tenho certeza que as pessoas que estiveram aqui agora tem a capacidade de reconhecer algumas espécies que encontramos”. E em se tratando de cogumelos comestíveis, Santa Catarina é um dos destaques nacionais. “Em Santa Catarina tem o cogumelo porcini, muito valorizado na gastronomia nacional. É um cogumelo selvagem, que precisa do frio para se desenvolver e é muito procurado por chefs e amantes da gastronomia. Está nos principais restaurantes do país e SC e RS são os principais fornecedores dessa planta, que não é cultivada, as pessoas colhem e vendem para os chefs e empresas da área”. Potencial gastronômico O rico potencial gastronômico dos cogumelos comestíveis também foi um fator bastante destacado pelo especialista, que já prestou consultoria direta ao chef Alex Atala, renomado no Brasil e fora dele e também para a chef Manu Buffara, também reconhecida nacional e internacionalmente. “Foram experiências muito emocionantes, que me marcaram muito. Apresentei muitos detalhes de algumas espécies de cogumelos comestíveis para esses e outros chefs de diferentes lugares. E com todas as minhas informações, eles prepararam e preparam ainda pratos servidos em seus estabelecimentos”. Reconhecendo o alto poder gastronômico dos cogumelos, Marcelo é sócio da Terroir Sul ( clique aqui para acompanhar no Instagram ), que tem em seu portfólio mais de 25 produtos à base de cogumelos, que vão de cerveja (!) a queijo. O especialista ainda chamou a atenção para a alta qualidade nutricional dos cogumelos. “Os cogumelos são uns dos alimentos mais completos que temos. São ricos em fibras, vitaminas e sais minerais, especialmente os cogumelos comestíveis de florestas porque recebem a radiação solar então são ricos em vitamina D. E não dá para se esquecer que além dos cogumelos comestíveis há ainda os cogumelos da longevidade usados há séculos pelos chineses e japoneses, com o objetivo de rejuvenescer a pele. Isso porque há cogumelos que também tem a capacidade de acelerar a regeneração celular”. Ele finalizou elogiando o interesse da Guita, (dona da Casa) por trazer um conteúdo diferenciado para a região bem como por sua relação com a natureza e o trabalho com o turismo receptivo. “A pandemia trouxe para muita gente esse interesse em ter um contato maior com a natureza, em ter uma alimentação saudável, mais saúde e qualidade de vida. E tudo isso vem sendo muito bem trabalhado pela Guita aqui na região. Tenho certeza de que todo esse movimento ainda vai crescer muito, especialmente em Rio Negrinho”. Promoções ]]>