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Exposição na Vitrine da Móveis Cimo, no centro de Rio Negrinho, destaca resultados das Oficinas Criativas realizadas por Valdemar Staffen

RIO NEGRINHO.  A partir desta quinta-feira (22), a comunidade poderá prestigiar a exposição pública dos trabalhos que foram desenvolvidos em fevereiro deste ano durante a primeira etapa da Mostra de Artes do projeto “Oficinas Criativas”, do artista plástico Valdemar Staffen. A exposição estará aberta para visitação até o dia 9 de maio na Vitrine da Móveis Cimo, junto ao Centro Cívico, do lado da Chaminé. Ele disse que como o espaço é aberto, a exposição poderá ocorrer em qualquer horário. “Essa Mostra de Artes irá acontecer em conjunto com o projeto Cenários da Cidade, coordenado pela artista Marlete Dums e contemplará os trabalhos resultantes das minhas duas oficinas e da oficina dela”, explicou Staffen ao Nossas Notícias. Ele destaca ainda que como a segunda etapa do projeto não pode ser presencial, cada participante desenvolveu um trabalho relacionado ao tema, mas em casa. “Devido às restrições de execução de exposições onde possa ocorrer aglomerações, optamos por fazer a Mostra de Artes na Vitrine da Móveis Cimo, local central e com acesso livre à população à qualquer horário”, cita ainda o artista. A iniciativa, que tem como tema “O Legado da Móveis Cimo” teve em sua primeira etapa a participação de artistas com o intuito de produzir artes com a temática do legado da empresa que já foi a maior da América Latina no segmento de móveis. O projeto serviu para resgatar memórias, vivências e tudo que ficou de bom da história da empresa e seus personagens. Esse resgate incluiu fotos, memórias e lembranças de pessoas que trabalharam ou conheceram histórias, móveis ou outros objetos da empresa. O projeto aconteceu de forma gratuita e foi uma das iniciativas rio-negrinhenses selecionadas pela Lei Aldir Blanc. A história da Móveis Cimo A Móveis Cimo nasceu no ano de 1913 em Rio Negrinho e se tornou referência histórica máxima do design brasileiro de móveis. A empresa começou fabricando pés de cadeiras e logo em seguida se dedicaram a desenvolver diferentes móveis sabendo preencher com sabedoria e disciplina germânica o vácuo moveleiro que existia no país. Na década de 1950 a empresa caminhava para se tornar a maior fábrica de móveis da América Latina, embora com uma administração altamente descentralizada. Tinha fábricas em Rio Negrinho, Curitiba, Joinville e no Rio de Janeiro, onde fixaram sua sede, logo transferida para Curitiba. O conglomerado Cimo produzia móveis para cinemas e auditórios, onde conquistou o monopólio do mercado. Diversificou com móveis escolares e linhas institucionais de escritório e residencial, conhecidos pela alta qualidade. Tinham muita facilidade em vencer grandes concorrências governamentais para fornecer móveis escolares e institucionais. No final da década de 1960, se instalaram no Brasil duas grandes plantas para a produção de painéis de fibra de madeira aglomerada. Essa matéria prima deslocou o eixo da produção de móveis e criou uma concorrência muito competitiva aos produtos fabricados pela Cimo. No início da década de 1970, já se manifestavam sintomas de grave crise administrativa e financeira na empresa. No final de 1978 com a situação piorando irremediavelmente, o controle acionário passa para o grupo Lutfalla, que detinha 62% do capital, mas sem interesse real em reerguer a empresa, acabou por abandoná-la. Em fevereiro de 1982, após 79 anos de história, é decretada a falência da Móveis Cimo. Promoções

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