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“Tenho a consciência tranquila, jamais ficaria com um dinheiro que não é meu”, diz moradora que encontrou maço de dinheiro no Centro de Rio Negrinho

[caption id="attachment_42524" align="alignnone" width="300"] Foto: Edson Frankowiak[/caption] RIO NEGRINHO. Um gesto de honestidade, que deveria ser obrigação de todas as pessoas, mas que no mundo atual se tornou cada vez mais raro, gerou muita repercussão essa semana no município. O caso em questão envolve Cleusa de Lourdes da Silva, moradora da rua Marechal Floriano e que encontrou um maço de dinheiro e não pensou duas vezes em devolver o valor a seu real dono ( leia a reportagem publicada em nosso portal clicando aqui ). Na manhã de hoje ( 24 ), a reportagem do Nossas Notícias esteve na casa de Cleusa, e lá ela contou em detalhes a história que gerou tanta admiração por parte da comunidade. Ela destacou ter a consciência tranquila com a atitude tomada, que o fez sem pensar duas vezes, pois jamais se imaginou se apropriando de um dinheiro que não é seu por direito. Cleusa disse que encontrou o valor por acaso próximo a um estacionamento na rua Senador Nereu Ramos, na manhã da segunda-feira (22). “Eu estava indo no mercado por aquele caminho, que geralmente não faço. Parece que era para eu ter encontrado aquele dinheiro para que ele pudesse ser devolvido ao seu dono. Quando olhei para o chão vi um maço, que de cara, aparentava ser muito dinheiro”, destacou. A moradora então olhou para os lados e disse achar inicialmente até que se tratava de uma pegadinha, pois achou muito estranho encontrar o maço com uma quantidade tão grande de notas. “Procurei mais um pouco em volta do maço e achei uma foto 3×4, que imaginei ser do dono do dinheiro. Pela foto, identifiquei que se tratava de um senhor já de idade e foi essa foto que ajudou a elucidar o mistério”, conta. Ela comenta ainda que entregou o dinheiro para os proprietários de um Pet Shop, que acredita terem feito o informe a Polícia Militar, para que os policiais pudessem confeccionar o boletim de ocorrência e buscar o paradeiro do proprietário do dinheiro. Segundo nota da PM, o homem usaria o dinheiro para pagar algumas contas. “O importante é que o dono foi localizado e o dinheiro dele pode ser entregue”, disse ainda a moradora. Repercussão Mesmo não sendo citada na nota enviada pela Polícia Militar nas redes sociais, uma filha identificou que a notícia da devolução do dinheiro se referia a sua mãe e comentou com ela sobre a repercussão da atitude. Na página do portal Nossas Notícias no Facebook, a publicação teve mais de 570 curtidas ( clique aqui para conferir). Segundo Cleusa, em pouco tempo, vários foram os comentários a respeito da atitude. “Temos que tomar essas atitudes sem esperar nada em troca. A recompensa vem de Deus”, acredita a moradora. “Minha filha disse que essa foi a melhor atitude que eu poderia ter tomado”, comentou ainda. Não foi a primeira vez Cleusa disse ainda se achar “predestinada a encontrar carteiras”. Ela contou a reportagem que o episódio do início da semana não foi o único em que pode devolver algo que não lhe pertence. “Uma vez aqui na rua da minha casa um rapaz perdeu sua carteira com todos os documentos, cartões e dinheiro. Também estava passando na rua, recolhi a carteira e entreguei para a família”, lembra. Apropriação é crime A Polícia Militar lembra que muitas vezes, devido a ditados populares como “achado não é roubado” muitos pertences não são devolvidos aos seus donos, porém esta prática se caracteriza crime. Este crime chama-se “apropriação de coisa achada”, cuja pena é de detenção de um mês a um ano ou multa, de acordo com o art. 169 do Código Penal.
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