RIO NEGRINHO. A semana começou com um ritmo completamente intenso na Saúde de Rio Negrinho. A segunda-feira (27) terminou com 31 casos de COVID-19 registrados na cidade, sendo 11 desses de funcionários da Secretaria de Saúde.
Além disso, o número de atendimentos no Centro de Triagem localizado no Pavilhão dos Imigrantes foi recorde, com 65 pessoas avaliadas. O atendimento virou polêmica nas redes sociais, pois foram várias as pessoas que reclamaram da fila que se formou em frente ao local, onde os possíveis contaminados precisaram esperar atendimento em pé e no sol.
Durante a tarde, nossa reportagem recebeu vários questionamentos.
“A pessoa que está contaminada mesmo se sente muito fraca. Achei uma falta de humanidade deixar o pessoal lá fora, em pé, sendo que dentro do Pavilhão há espaço de sobra para colocar cadeiras para o povo poder se sentar e ser atendido com dignidade”, comentou uma pessoa que teve o resultado positivo da doença e não quis se identificar.
Quem também se manifestou foi outra seguidora, Sandra de Assis, que às 14h43 enviou uma mensagem no WhatsApp do Nossas Notícias.
“Pense fila no Pavilhão para consultar… Cheguei às 12h45, tinha 10 pessoas fora do Pavilhão, na minha frente e umas 20 dentro do Pavilhão, sentadas,mas estava tudo lotado”.
Sandra contou que só viu a fila aumentar e comentou que nesse sentido a prefeitura deveria aumentar também o número de profissionais atendendo a população.
“Ou providenciar alguém que organizasse melhor as pessoas, já debilitadas e no sol”.
Ela contou também que nesta segunda-feira havia apenas um médico para atender o povo.
“A gente vê que ficaram desesperados. Fui atendida só no final da tarde, fiquei mais de 5 horas na fila e o exame demorou 10 minutos”.
No período em que esteve na fila, Sandra disse que viu pessoas idosas e crianças de colo esperando durante horas para serem atendidas.
“Foi bem complicado! Sei que não é todo dia o grande fluxo de pessoas, mas a prefeitura como um todo precisa estar preparada”.
Sobre o exame, ela contou que como tinha um caso na família, não passou por triagem e foi encaminhada diretamente para fazer o teste rápido.
“Fazem algumas perguntas na entrada, acho que é um enfermeiro que pergunta…mas na frente de todo mundo… pergunta o que tem sintomas e outros detalhes”.
Sandra contou ainda que viu as pessoas que tem sintomas mas que não tiveram contato com positivados passarem pela avaliação de outra enfermeira e depois com o médico.
NAS REDES SOCIAIS
Nas redes sociais, o servidor da prefeitura Jardes Alan, diagnosticado com COVID, fez um desabafo bastante crítico sobre o período em que seus familiares ficaram na fila de atendimento. Assista clicando no link no final da matéria.
O QUE DIZ A PREFEITURA
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da prefeitura declarou que desde hoje cedo (28) foram colocadas um número maior cadeiras dentro do Pavilhão dos Imigrantes, para que a população não precise mais esperar na rua.
De acordo com o assessor de imprensa Fabiano Kutach, o número de atendimentos no Centro de Triagem hoje também está alto e também há filas para atendimento.
Para dar conta do aumento da demanda, ele disse que houve uma ampliação na equipe de atendimento e triagem também. Agora, conforme as informações oficiais, há duas equipes de profissionais atendendo pela manhã e outras duas equipes atendendo a tarde. Cada equipe é formada por dois médicos, dois enfermeiros e dois técnicos.
Segundo as informações da Prefeitura, cada atendimento leva certo tempo pois são verificados sintomas, se houve contato com alguém infectado e mais a consulta com o médico.
“Quando o paciente chega, o médico já tem todos esses dados na tela do computador e de acordo com cada caso, acaba receitando o medicamento ou outro procedimento”.
ASSISTA O VÍDEO DE JARDES ALAN CLICANDO NA IMAGEM ABAIXO
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