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Rio Negrinho: família aguarda mais de 3 horas para atendimento no hospital; “muitas emergências e atendimentos à gestantes”, explica interventor

RIO NEGRINHO. Um casal de seguidores entrou em contato com a reportagem aqui do Nossas Notícias para se queixar da demora no atendimento na Fundação Hospitalar na noite desta quarta-feira (11).

Segundo relataram, após dar entrada na unidade às 20h51, saíram às 00h04, com apenas uma declaração fornecida e sem os medicamentos prescritos pelo médico, pois não constavam na farmácia junto ao hospital.

A reportagem aqui do Nossas Notícias conversou também com Anderson Godoy, interventor da Fundação Hospitalar, que declarou que estava no local na noite passada e que o movimento foi atípico. Confira sua versão no final da matéria.

“Fomos por causa da coluna da minha esposa, que estava travada, e ela tinha muitas dores. O médico não pode fornecer atestado. Remédios, como sempre, no hospital não tem. Vai procurar nos outros postinhos também não tem. É muita indignação esperar todo esse tempo para ter uma consulta de menos de cinco minutos e ganhar uma ‘declaraçãozinha’ assinada pelo rapaz que fica na portaria. Ainda quando pedimos o atestado para o médico, ele fez cara de deboche, falando que não podia dar atestado, só declaração. Isso aqui é o que nós estamos enfrentando”, citou o casal.

Eles também disseram que moram no bairro Alegre e que no posto do bairro, é preciso marcar consulta.

“Se formos amanhã lá, não dá para sermos atendidos, porque temos que marcar para ficar doente. Consulta só se marca nas segundas-feiras, às 07h. Aí você vai de tarde no posto de saúde, que está todo vazio, sem um atendimento e não pode ser atendido”, reclamaram.

O que diz o interventor do hospital

Godoy explicou que a noite teve um alto índice de atendimentos, principalmente de urgência e emergência.

“Tivemos ontem sete atendimentos de SAMU e Bombeiros após o meio-dia, além dos urgentes, que não passam pela triagem, pois são classificados com de risco maior”, afirmou.

“A exemplo, eu estava lá das 20h às 01h, sendo que até às 22h chegavam atendimentos de urgência na classificação. Aí as pessoas veem esses pacientes passando na frente e acabam ficando agoniadas. Contudo, são casos que podem trazer risco à vida, não há como manter a classificação de espera”, justificou.

“Entraram cinco mulheres para o obstetra e o médico do PS teve que auxiliar os partos, o que foi algo totalmente atípico. Nada justifica a demora, eu sei, porém ontem acabou sendo muito conturbado, com urgências, emergências e partos. O médico não aparece ali na frente, ninguém é chamado e dá a impressão que não está atendendo, que foi inclusive o que ouvi ontem lá, mas estão em outra atividade. As emergências entram pela lateral, as grávidas vão direto para a maternidade, aí quem está no Pronto Socorro não vê movimento e estranha. Mas hoje (12), vamos monitorar para verificar se haverá o mesmo fluxo de atendimento de ontem, mas é menos provável”.

Quanto ao pedido de atestado, Godoy destacou que o documento não é fornecido pelo hospital.

“É feita somente uma declaração de que o paciente esteve presente para atendimento médico no Pronto Socorro. Esse procedimento é um padrão adotado durante anos”.

Já com relação a disponibilidade de medicamentos, o interventor garantiu que os de aplicação imediata são feitos diretamente no hospital e que os demais podem ser retirados na farmácia ou na farmácia do posto central, com a receita em mãos.

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