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“Ajudem, porque essa situação no RS está longe de acabar”, pede veterinária de Rio Negrinho que participou de missão em Canoas


RIO NEGRINHO. A médica veterinária Marina de Lacerda, de 29 anos, integrou, como voluntária, um grupo do S.O.S Casinhas, também da cidade, que na semana passada mais especificamente, trabalhou em prol da causa animal no Rio Grande do Sul.

Entre o final de abril e o final de maio, o estado vizinho teve várias cidades devastadas por alagamentos decorrentes de fortes chuvas e ainda hoje, em julho, a população trabalha para se refazer da tragédia.

Com as demais voluntárias rio-negrinhenses, ela atuou no abrigo de cães resgatados chamado “Pata Molhada”, no bairro Mathias Velho, em Canoas, uma das regiões mais atingidas pelas águas.

“Optamos por não ir para outras cidades nem para outros abrigos do município, porque esse abrigo não tem auxílio público ou privado e, portanto, depende de doações e de voluntários para que as coisas aconteçam”, explicou à reportagem aqui do Nossas Notícias.

O grupo partiu no sábado (22) e ficou até a terça-feira (25).

“Mas estamos com a intenção de retornar o mais breve possível”, adiantou.

Marina foi chamada pelo SOS Casinhas, que já no início de maio desenvolveu casinhas para doação à cães resgatados nas enchentes e desde então vem ajudando vários animais, ong’s e tutores.

“Inclusive o projeto da casinha, de autoria do grupo, está disponível para ser replicado por quem se interessar em ajudar também”, destacou.

“Fomos em sete voluntários: eu, Bruna Fechy, Luane Stefany, Gabriela Ruzanowsky, Manuela Olsen, Cristian Narok e Regis Guilherme”, detalhou sobre a iniciativa.

Outra realidade

A veterinária disse que a realidade encontrada foi totalmente diferente do que se vê.

“Tem muita doação de tudo que você imagina: de água, ração, roupa, guia, medicamento, tudo! Mas é importante que as pessoas continuem ajudando, continuem doando. Não só para os abrigos, mas também diretamente para os voluntários que estão indo, porque assim fica mais fácil de chegar na rua, porque o que chega no abrigo é triado e geralmente fica dentro do abrigo”, citou.

Uma experiência inigualável

Marina declarou que voluntariar é importantíssimo e que viveu uma experiência sem igual.

“Fiquei responsável pela quarentena. Eram em torno de 30 animais, todos doentes, com sinomose, que é uma doença infecto contagiosa. A outra parte do grupo trabalhou no restante do galpão. Tem muitos animais para serem doados, já está sendo feita a castração e microchipagem também”.

Quem é a Marina depois dessa missão

Questionada sobre como se sente depois desses trabalhos, ela fez um desabafo emocionado.

“Saí de lá uma pessoa totalmente diferente e até trouxe uma ‘gauchinha’ comigo. É uma filhotinha que encontrei. Resgatada praticamente morta, foi amparada por uma voluntária, que lhe cuidou e fez com que essa ‘menininha’ sobrevivesse. Então voltei com uma estrela gaúcha comigo”, disse.

Mensagem para nossos seguidores

Pedimos para que Marina deixasse uma mensagem para todos que nos lerem. Antes de finalizar, ela lembrou que os voluntários que foram para o RS, formaram um grupo que surgiu do SOS Casinhas e agora estão ajudando os cães que estão aos cuidados da Grupra, em Rio Negrinho.

“Quem quiser acompanhar ou ajudar, pode seguir a Grupra ou o S.O.S Casinhas no Instagram. É possível contribuir com dinheiro, doações, lar temporário, visitas e brincadeiras com os cães, limpeza dos abrigos e outros”.

Longe de acabar

“A mensagem para a galera é que ajudem, porque essa situação no RS está longe de acabar. Mandem doações através de voluntários para que os donativos possam chegar lá. É preciso auxiliar os voluntários que estão indo para o Rio Grande do Sul e divulgar, falar sobre isso, que é o mais importante”, encerrou.

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