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RS: desvio de donativos em quatro cidades são alvo de operações do Ministério Público

BRASIL. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) – Núcleo Litoral – realizou nesta terça-feira (04), em Palmares do Sul, mais uma operação contra o desvio de doações às vítimas das enchentes no estado.

Os produtos foram usados por três suspeitos – sendo um deles pré-candidato nas próximas eleições – para fazer campanha eleitoral. Na operação, que contou com o apoio da Polícia Civil, foram apreendidos donativos doados por entidades de vários estados.

Os crimes praticados por um vereador, sua companheira e um secretário municipal de Palmares são apropriação indébita, peculato e associação criminosa.

Assim como em outras investigações do MPRS em Barra do Ribeiro, Cachoeirinha e Eldorado do Sul, que aconteceram em maio, desta vez, o município do Litoral Norte foi alvo de denúncias que já estão sendo apuradas e comprovadas.

A operação deflagrada visou obter mais provas, com a apreensão de documentos e mídias eletrônicas, por meio do cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão em residências na cidade e também em Mostardas, na mesma região.

As denúncias, repassadas inicialmente à Promotoria de Justiça de Palmares do Sul, apontam que os investigados se aproveitaram dos cargos que ocupam para desviar donativos para as residências e oferecê-los em troca de voto para pelo menos um dos três suspeitos nas eleições deste ano.

O promotor de Justiça Mauro Rockenbach, responsável pela operação desta terça-feira, falou sobre os trabalhos.

“Não descartamos e estamos apurando a participação de mais envolvidos nesse desvio. Isso porque são vários os relatos da população que mencionam diversos vereadores se aproveitando dessa tragédia para benefício próprio e eleitoral”.

A operação também foi conduzida pelo coordenador do GAECO no Rio Grande do Sul, o promotor de Justiça André Dal Molin; pelos promotores de Justiça Leonardo Rossi, de Palmares do Sul, e Alcindo Bastos, da Promotoria de Defesa do Consumidor de Porto Alegre, além de pelo delegado da Polícia Civil, Antônio Ractz.

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