REGIÃO. Uma moradora de Rio Negrinho foi vítima de violência do próprio namorado na madrugada deste domingo (24). De acordo com amigos que acompanham o caso e que procuraram a reportagem aqui do Nossas Noticias, eles mantinham um relacionamento há três meses.
O fato aconteceu na casa do agressor, depois de o casal ter tido uma discussão.
“Eles estavam em uma pizzaria em Piên, ela pediu para ele parar de beber e começaram a brigar. Um irmão dele, que estava junto, tentou apartar a discussão e o namorado dela bateu nele, deixando-o com uma costela e uma mão quebrados. Ele então a culpou por ter batido no próprio irmão. O casal continuou brigando mas ela permaneceu com o namorado, indo para casa dele. Lá a briga recomeçou. Usando gasolina, ele ateou fogo nela e depois fugiu”, contaram.
A rio-negrinhense foi atendida primeiramente na Santa Casa de Piên e posteriormente foi transferida para o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, em Curitiba (PR), referência em tratamento de queimados.
“Ela vai continuar passando por cirurgias para fazer uma análise precisa das áreas mais afetadas pelo fogo. Várias partes do corpo foram afetadas e em um braço vai ser necessário enxerto”, relataram os amigos. Eles frisaram também que a família pede que a identidade dela seja preservada neste momento.
Conforme os amigos, a vítima, que trabalha na prefeitura de Rio Negrinho, só foi sedada durante as cirurgias e continua consciente, inclusive se comunicando por áudios via WhatsApp.
A reportagem aqui do Nossas Notícias conversou com o delegado Vinicius Fernandes Maciel , responsável pela 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Rio Negro, que atende também Piên e Quitandinha.
Ele relatou que a vítima já foi inquirida no leito do hospital, de onde prestou depoimento e que outras testemunhas do caso também já relataram detalhes à Polícia Civil.
“Foi instaurado um inquérito e solicitou-se medida protetiva de urgência. O suspeito, a princípio, encontra-se em local incerto. O crime foi tipificado como feminicídio tentado. É uma espécie de homicídio qualificado, cujo aumento de pena decorre da violência praticada contra a mulher”, explicou.