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Rio Negrinho: piloto defende projeto que passa o aeródromo para o município

RIO NEGRINHO. Tramita na Câmara de Vereadores desde o final de julho, um projeto de lei que visa instituir o Sistema Municipal do Aeródromo de Rio Negrinho (Smarine), que sugere proporcionar condições para a utilização operacional do aeródromo.

“Trocando em miúdos”, a medida pretende municipalizar o espaço, hoje particular. O aeródromo teve seu início em meados de 1983 por importantes nomes da cidade, através de pessoas apaixonadas pela aviação.

Entre os que participaram do momento, Klaus Schumacher teve grande importância para que a atividade aérea pudesse acontecer no local. Ele contou com a parceria de amigos importantes como Evaristo Stoeberl e Edmundo Teifke, os quais doaram o terreno para a construção do aeródromo, e com a ajuda de mais alguns amigos fundaram um aeroclube na cidade.

Na época, a orientação nacional da aviação era o DAC – Departamento de Aviação Civil -, que incentivou o aeroclube a criar uma Escola de Aviação, que em pouco tempo estaria formando os primeiros alunos, dos quais alguns ainda hoje trabalham como pilotos. Com a ascensão da aviação no Brasil na época, a diretoria do Aeroclube decidiu tornar público o aeródromo para incorporá-lo ao Sistema Aeroportuário de Santa Catarina.

A municipalização aconteceu em 2005 através da lei 1770/2005, garantindo a gratuidade do uso da pista e de parte das edificações sobre a área doada pelo aeroclube, garantido às suas aeronaves gratuidade na hangaragem e operação na pista por 30 anos. Logo começaram os trabalhos para asfaltar a pista, que teve recurso proveniente de estado em parceria com o município.

A obra de asfalto foi concluída em 2011, mas a prefeitura sem ter informação de saber como proceder para dar sequência ao projeto, resolveu esperar.

“Hoje tramita na Câmara de Vereadores um projeto de lei que organiza a administração do aeródromo pela prefeitura, cria um Fundo Municipal e um Conselho Municipal formado por pilotos de profissão e entidades de grande relevância na cidade”, explica Túlio Rodrigues, piloto comercial de avião, instrutor e checador no estado de Santa Catarina.

Ele frisa que o projeto sugere dar sequência ao grande sonho de ter um aeroporto de referência regional no município, sendo que a poucos dias alguns representantes da prefeitura estiveram em Florianópolis, e foi sinalizado interesse pelo governo do Estado em investir e dar sequência na regulamentação do aeródromo municipal.

Representando Rio Negrinho, no encontro participaram os secretários municipais Liza Christoff (Desenvolvimento Econômico), Vilson Venske (Ações Governamentais) e o procurador Anderson Godoy. A reunião foi solicitada por Juliano Froehner, que é Secretário de Articulação Internacional, e contou com a presença dele; do Secretário de Portos, Aeroportos e Rodovias, Beto Martins; do diretor de Modais, Ivan Amaral e o gerente de Aeroportos, George Picinato, pela SPAF.

“Logo que organizada a administração e criado o conselho municipal do aeródromo, a prefeitura estará pronta dar mais um grande passo com o Estado, transferindo a competência, uma vez tendo o investimento necessário. Rio Negrinho merece essa atenção e com um aeroporto referenciado, a região tem muito a crescer em todos os aspectos. Agora é possível acreditar depois de todo esse tempo e afirmar com orgulho que Rio Negrinho está mais perto de ter um aeroporto como o esperado”, opinou Rodrigues.

“Para nós, pilotos e quem deseja que Rio Negrinho receba investimentos no aeródromo, é indispensável essa ‘regularização’”, opinou ainda.

Ele complementou dizendo que nos últimos meses, aeródromos vizinhos receberam milhões em investimentos do governo do estado.

“O projeto está tramitando na Câmara, mas estão demorando para votar. Se aprovarem, será um marco muito importante para a aviação e desenvolvimento do aeródromo, e imagino que a cidade sentirá reflexo nos hotéis e restaurantes”, justificou.

“Eu sou piloto comercial, formado em Ciências Aeronáuticas e com pós em Gestão e Direito Aeronáutico. Já trabalhei nos dois maiores aeroportos do Brasil (Guarulhos e Galeão), também no Afonso Pena e no aeroporto de Navegantes. São mais de 10 anos formado e atuando como instrutor de vôo”, encerrou.

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