
RIO NEGRINHO. Uma história inesperada e inspiradora marcou a 5ª Floresça, Feira de Plantas e Artesanato, que aconteceu há 15 dias na Becar Multimarcas, no bairro Vila Nova.
O evento é uma iniciativa do grupo Suculentas, Cactos, Folhagens e Flores de Rio Negrinho e do Portal Nossas Notícias e acontece sempre em diferentes estabelecimentos.
E desta vez, o encontro da expositora Karen Zanchetta e do empresário Alberto de Albuquerque, sócio da Becar Multimarcas, surpreendeu, de forma bastante positiva, a todos que souberam como nasceu a amizade entre os dois.
Karen mora atualmente em uma chácara no interior de Mafra. Na cidade vizinha trabalha como monitora de transporte escolar, cultiva e vende plantas. Essas duas últimas atividades lhe trouxeram muito reconhecimento em toda região.
Porém, há vários anos, ela morava em São Bento do Sul e tinha uma mercearia no bairro 25 de Julho.
“Conheci o Alberto desde ‘piazotinho’, quase criança. Ele foi ajudar o irmão dele, que era pedreiro, em uma obra lá em casa”.
“Beto”, como é conhecido, também morava “na 25” e contou que começou a trabalhar aos 12 anos.
“Sou de uma família bem humilde mesmo. Meu primeiro trabalho foi como auxiliar de pedreiro, na casa da Karen. Comecei a trabalhar por vontade própria, porque tinha um propósito. Depois, me tornei lavador de carros, atividade que exerci até os 14 anos. A partir daí, por seis anos, fui garçom em São Bento do Sul, período em que fiz muitas amizades”.
Bom, mas e como ele se tornou sócio de uma revendedora de carros? A virada de chave veio quando foi trabalhar em uma concessionária, também em São Bento.
“Me destaquei na área e inclusive naquela época, o primeiro carro do filho da Karen fui eu que vendi. O tempo passou e há 5 anos surgiu a Becar Multimarcas, aqui em Rio Negrinho”.
Na empresa, Albuquerque é sócio de Robson Pacheco.
“E na loja, a minha história e a da Karen se cruzaram novamente, pois a filha dela comprou um carro comigo”, comentou.
E a emoção desse reencontro não para por aqui. Leia até o final para conferir!
“Lembro que eu tinha um carro que não passava na vistoria por causa da película e o Alberto retirou. Ele lavava nossos carros, depois começou a trabalhar em uma lanchonete e foi tomando outros rumos. Segui acompanhando ele, pois morava perto da minha casa. Conheceu a Letícia, eles se casaram e tiveram primeiro a Alice, que gostava muito dos docinhos do meu comércio. Moraram um bom tempo perto de mim. Depois que foi trabalhar na concessionária, comecei a saber dele mais pelas redes sociais”.
Quando perguntamos para Karen sobre como foi reencontrar o Alberto, como o chama, ela revelou um outro detalhe de sua vida, até então desconhecido da maioria dos participantes da Floresça.
“Me senti como se fosse uma tia dele (risos), pois o conheço desde criança. Mas também pensei muito no meu filho, que sumiu há 7 anos … E aí me veio na cabeça que ele poderia ter tido sucesso igual ao Alberto…”.
E ele finalizou.
“Hoje a Becar está muito bem consolidada, mas eu vim dessa trajetória. Um orgulho encontrar a Karen aqui, pois ela me viu crescer”.
P.S.: Quando leu a matéria, o Beto me enviou o seguinte feedback, que resolvi compartilhar com vocês também:
“A gente vive se cobrando o tempo todo, né? Parece que nunca tá bom, que sempre dá pra ir além. E talvez seja isso mesmo que nos faz crescer, essa vontade constante de elevar a régua.
Mas hoje, parando um pouco e vendo essa matéria, me veio uma lembrança forte de toda a caminhada até aqui. De tudo o que eu passei, de cada desafio, de cada recomeço.
E sabe o que eu senti? Orgulho.
Orgulho de ter chegado até aqui, de ter me tornado quem eu sou, mesmo sabendo que ainda quero e posso melhorar muito mais.
É bom olhar pra trás e ver que valeu a pena. Que cada passo, cada queda, cada esforço fizeram sentido.
Se essa história puder servir de inspiração pra alguém, que sirva pra lembrar que é possível. Porque se eu consegui, qualquer um consegue. Basta acreditar, se esforçar e nunca desistir dos seus próprios sonhos”.





