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Jovens da Associação Convivendo com Diabetes leva palestra sobre DM1 para estudantes do IFC em São Bento do Sul

Jovens da Associação Convivendo com Diabetes leva palestra sobre DM1 para estudantes do IFC em São Bento do Sul

Jovens da Associação Convivendo com Diabetes leva palestra sobre DM1 para estudantes do IFC em São Bento do Sul

 

SÃO BENTO DO SUL. Na tarde desta quarta-feira (1º), o Instituto Federal Catarinense (IFC) recebeu uma palestra promovida pela Associação Convivendo com Diabetes, de Rio Negrinho. O encontro teve como objetivo levar informações sobre o Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) aos jovens estudantes, abordando desde aspectos científicos até experiências pessoais de quem convive com a doença no dia a dia. A palestra contou com a participação de três adolescentes que convivem com o diabetes tipo 1: as rio-negrinhenses Elena Ignaczuk e Agatha Vellasques, e o são-bentense Otávio Emanuel Becker, além da coordenadora do grupo, Beatriz Ignaczuk, presidente da associação.

Durante a apresentação, Otávio explicou a origem do termo “diabetes”, a etimologia da palavra e os sinais que levam à percepção da doença. Ele destacou as diferenças entre os tipos DM1a e DM1b, além de apresentar exemplos práticos, incluindo testes com alunos para mostrar a importância da alimentação no controle da glicemia e na melhoria da qualidade de vida.

Foram também abordados os estágios iniciais e assintomáticos da doença, bem como as características conhecidas como os “3 Ps” – poliúria (urinar em excesso), polidipsia (sede excessiva) e polifagia (fome excessiva) – considerados alertas fundamentais para o diagnóstico.

Agatha contou que foi diagnosticada aos 9 anos e falou sobre a importância de estar preparada para situações de emergência. “Quando a gente passa por uma hipoglicemia, precisa agir rápido. Pode ser com um saquinho de açúcar ou dois sachês de mel. É algo simples, mas que pode salvar a vida naquele momento”, explicou.

Já Elena destacou que, apesar dos desafios, é possível levar uma vida normal com atenção redobrada. “Não é fácil, mas com os cuidados necessários dá para conviver com o diabetes. A rotina muda bastante, mas a gente aprende a se adaptar”, disse.

A presidente da associação, Beatriz  Ignaczuk, trouxe a visão de mãe, relatando as dificuldades do início do diagnóstico. “É muito difícil aceitar que o filho tem diabetes. A gente passa por um processo muitas vezes de culpa, mesmo sem histórico familiar. Mas é preciso erguer a cabeça e lutar, porque com acompanhamento é possível viver bem”, afirmou.

Marlene Dynas Becker, mãe  de Otavio ainda destacou a importância de políticas públicas para melhorar o acompanhamento da doença. “Estamos lutando para que os sensores de glicemia sejam fornecidos gratuitamente. O próprio Otávio, durante a palestra, mostrou como em poucos minutos a glicemia pode se alterar, e o sensor ajuda a identificar isso rapidamente”, explicou.

Entre os destaques da palestra, foram enfatizados a alimentação saudável, a contagem de carboidratos e a importância do esporte para manter a qualidade de vida. A reportagem do Nossas Notícias esteve presente acompanhando o evento e pôde registrar a troca de informações, relatos emocionantes e o engajamento dos estudantes, que demonstraram interesse e fizeram perguntas ao longo da atividade.

Ao final, os palestrantes reforçaram que levar esse tipo de conhecimento aos jovens é essencial, já que o diagnóstico precoce pode salvar vidas e, muitas vezes, os primeiros sinais são percebidos na escola ou em casa por pessoas próximas.

 

Jovens da Associação Convivendo com Diabetes leva palestra sobre DM1 para estudantes do IFC em São Bento do Sul

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