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Espaço de convivência para todas as idades, Livraria Dom Quixote celebra 20 anos em São Bento do Sul

SAO BENTO DO SUL. Em novembro de 2024, a Livraria Dom Quixote completou duas décadas de história em São Bento do Sul. Reconhecida como um espaço de convivência para leitores de todas as idades, a livraria é conduzida por Antônio Kremer, que compartilhou sua trajetória com o Nossas Notícias em uma conversa especial no Dia do Leitor, celebrado no último dia 7.

Fundada inicialmente como uma livraria virtual em Jaraguá do Sul, em junho de 2004, o projeto nasceu da paixão de Kremer e sua então sócia, Edileny Machado, pelos livros.

“Nosso acervo inicial era basicamente minha biblioteca pessoal”, recorda Antônio. Após uma pesquisa de mercado na região, os sócios decidiram que São Bento do Sul seria o local para estabelecer a loja física, inaugurada em novembro de 2004 com um acervo reforçado por uma compra de estoque de um sebo de São Paulo.

Nos primeiros anos, a Livraria Dom Quixote focava em livros usados, complementados por revistas, DVDs, CDs e discos de vinil. Com o início da pandemia, Kremer assumiu o controle total da livraria, adquirindo a parte da sócia e ampliando o acervo para incluir livros novos. Hoje, a loja conta com um catálogo de cerca de nove mil títulos, atendendo a um público fiel que busca desde literatura clássica até lançamentos contemporâneos.

Para Antônio Kremer, o desejo de fundar a livraria veio de uma relação que ele descreve como “leitor desde sempre”. Ele relembra sua evolução como leitor, começando com best-sellers até chegar a autores como Dostoiévski, Saramago e Clarice Lispector. “Poder passar o dia na companhia dos livros e de outras pessoas apaixonadas por eles é um privilégio”, afirma.

Desafios e histórias inusitadas

Os desafios enfrentados por Kremer são semelhantes aos de outros livreiros: leitores tentando descrever vagamente capas ou histórias de livros, em busca de um título específico. “É como tentar adivinhar uma agulha no palheiro”, brinca. Outro desafio, ele comenta, é lidar com a polarização atual, que às vezes gera questionamentos sobre a seleção do acervo da livraria.

Apesar das dificuldades, Antônio destaca o valor de compreender a dinâmica dos leitores e respeitar suas escolhas.

“Se começo a ler um livro e não flui, deixo de lado. Não forço, porque pode ser que eu não esteja no momento certo para aquele livro.”

Um refúgio para os leitores

Em 20 anos, a Livraria Dom Quixote se tornou mais que um comércio. É um refúgio cultural, um ponto de encontro para leitores, e um espaço que reflete a paixão de Antônio pelos livros. Para ele, o privilégio de transformar sua paixão em profissão é a verdadeira recompensa. A Livraria Dom Quixote segue de portas abertas, conectando gerações e mostrando que o amor pelos livros nunca sai de moda.

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