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De Rio Negrinho, Marcos Lesnieski dedica conquista de medalha de Jiu-Jitsu Paradesportivo em São Paulo, ao pai, diagnosticado com câncer

Marquinhos (de bermuda branca), como é conhecido, também foi graduado na modalidade, recebendo a faixa roxa

O rio-negrinhense Marcos Miguel Lesnieski, de 38 anos, conquistou a medalha de prata, neste final de semana em São Paulo (SP), depois de participar da terceira etapa do ADCC (Abu Dhabi Combat Club).

“O torneio é um dos de maior prestígio no mundo do grappling sem quimono”, explica ele, que conversou com a reportagem aqui do Nossas Notícias logo após a conquista.

Lesnieski relata que a competição começou em 1998, fundada pelo Sheikh Tahnoon Bin Zayed Al Nahyan em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e é conhecida por atrair os melhores lutadores de grappling de todo o mundo, independentemente do seu estilo de luta ou disciplina, como por exemplo, wrestling, luta livre, sambo, judô e demais modalidades agregadas.

“A oportunidade de estar implantando o paradesporto, através do Jiu-Jitsu Paradesportivo, no Brasil e em São Paulo, é muito importante para nós, paratletas, como forma de abrir portas para patrocínios, por disputarmos um evento mundialmente conhecido, e poder mostrar que independente de deficiência, somos iguais e treinamos igual a qualquer outro atleta convencional”, destaca o lutador, que em Rio Negrinho treina na Team Luko.

“Para quem é amante da luta sem quimono, participar do torneio é um verdadeiro sonho realizado”, explica Rafael Rodrigues, paratleta faixa preta de jiujitsu, praticante de MMA e responsável pela organização dos campeonatos de parajiu-Jitsu na Liga Paulista da modalidade.

Além de Lesnieski, também o paratleta Luiz Silva, de Blumenau, foi gentilmente convidado a participar do evento, representando Santa Catarina. Silva é faixa preta e parte da equipe catarinense de jiu-jítsu, assim como Marcos, que até então era faixa azul da modalidade e em São Paulo também conquistou a graduação, recebendo agora a faixa roxa.

Após conquistar a prata na final disputada contra Giovani de Lima, de São Paulo, Lesnieski dedicou a conquista à esposa, à mãe e especialmente ao pai, Alfredo Lesnieski, que está enfrentando um câncer.

“Dedico a ele em especial, e a todos que passaram e passam pela doença”, enfatiza, ressaltando a importância da força e determinação que teve durante a competição para buscar uma medalha.

“Com Deus a gente consegue tudo”, lembra.

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