SANTA CATARINA. Na manhã desta terça-feira (3), o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), e outras nove pessoas foram presas durante a segunda fase da Operação Caronte. A operação, conduzida pelo Ministério Público de Santa Catarina através do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), investiga um esquema de fraude em licitações de serviços funerários na cidade.
A iniciativa visa responsabilizar os envolvidos em um esquema de corrupção que teria manipulado o processo licitatório no serviço funerário do município.
Segundo o Ministério Público, os investigados teriam promovido mudanças em leis municipais, alterado documentos e manipulado os valores estabelecidos para concorrência nas licitações, a fim de beneficiar um grupo empresarial específico.
Entre os detidos estão empresários e servidores públicos de Criciúma e de outras cidades catarinenses, incluindo Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José. A primeira fase da operação já havia resultado na prisão de sete pessoas no dia 20 de agosto.
De acordo com a denúncia, empresas como Crematório Catarinense e Bom Jesus, Menino Deus e Frasseto Serviços Funerários, além de Recanto da Paz e Criciúma Serviços Funerários, teriam se unido em uma organização criminosa para assumir o controle da Central de Serviços Funerários de Criciúma. Com o apoio de membros do núcleo público, o grupo teria ajustado preços, qualidade das urnas e serviços funerários, visando maior lucratividade e monopólio.
As investigações apontam que as fraudes incluem também fraudes licitatórias e contratuais, corrupções e crimes contra a ordem econômica e a economia popular.
O que diz a prefeitura
Em nota oficial, a Prefeitura de Criciúma informou estar ciente da operação e que está reunida para entender melhor o cenário antes de emitir um posicionamento público sobre o ocorrido.
A Operação Caronte segue em andamento, com o Ministério Público e as autoridades policiais aprofundando as investigações para identificar todos os envolvidos e assegurar que os responsáveis sejam levados à Justiça.