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“Ele foi absolvido, sai pela porta da frente e nós, com a certeza do dever cumprido”, destacam advogados de réu que foi a Júri Popular hoje em Rio Negrinho

Foto: Katia de Oliveira/Nossas Notícias


RIO NEGRINHO. Terminou em meados desta tarde (12), o Júri Popular que levou Marcos Inácio ao banco dos réus em sessão que aconteceu na Câmara de Vereadores.

Ele foi acusado de ter esfaqueado Carlos Eduardo Meireles dos Santos, de 21 anos, no dia 30 de outubro de 2022. O corpo do jovem foi encontrado no pátio de uma casa vizinha à que morava, na rua Arnoldo Brehmer, no bairro Vista Alegre.

Na época, Inácio se apresentou na delegacia, assumiu a autoria do crime e foi liberado. Porém, foi preso preventivamente no dia 1º de agosto de 2023, condição na qual se encontrava até o momento.

Em seu depoimento hoje, ele disse que foi ameaçado por um colega, na casa de quem estava consumindo drogas e bebidas no dia do crime. Segundo ele, ao saírem de carro e passarem pela casa de Carlos, ele teria xingado a dupla e os ameaçado com uma faca. Na sequência, o amigo de Inácio teria cometido o crime, o ameaçando caso contasse algo sobre o que havia acontecido.

Quando estava na prisão, Inácio falou que ficou sabendo que o amigo havia sido assassinado e com a informação confirmada, resolveu contar a verdade.

Arilenes Linzmeyer e Luiz Otávio Doerlitz, do escritório AL Advocacia, atuaram na defesa de Inácio e conversaram com a reportagem aqui do Nossas Notícias nesta tarde, após o final do júri.

“Sustentamos a tese de negativa de autoria, pois durante a investigação foi denunciado no processo que havia mais outra pessoa junto com o Inácio. Só que diante da condição dele, que assumiu a autoria do crime naquele momento, a hipótese de haver outros envolvidos foi descartada. Hoje trouxemos novamente esse argumento. Sem contar que se ele tivesse sido o autor, teria que haver indícios de sangue no volante do Celta, porque o assassino tem sangue nas mãos e não havia nada. Ou seja, não era ele o autor”.

Para os advogados, Inácio agora tem a missão de reconstruir sua vida.

“Ele sai pela porta da frente, volta pra família dele e a gente volta com a sensação de dever cumprido”, destacaram.

Inácio tem dois filhos, de 8 e 15 anos, é separado e vai ser reintegrado no seu antigo trabalho.

“Essa foi uma garantia que o ex-chefe dele deu hoje em seu depoimento. Ele disse que acreditava que Inácio jamais teria cometido um crime. Então agora a vida dele segue normal daqui pra frente”, finalizaram.

O tribunal do júri foi presidido pelo juiz Rodrigo Clímaco José e na acusação esteve a promotora de justiça Gabriela Arenhart.

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