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Rio Negrinho: sem ter como comprar brinquedos para ajudar filha doente, Lúcia começou a fazer consertos e acabou criando um bazar especializado, que é um sucesso  

RIO NEGRINHO. Lucia Wosowick cresceu vendo a mãe, com muita dedicação, cuidar da casa, do marido e dos filhos. Até aí tudo dentro dos padrões, não é mesmo? 

Mas além das habilidades do dia a dia de uma dona de casa, a mãe de Lúcia, muito provavelmente sem imaginar, foi uma referência para que a filha, no futuro, encontrasse uma saída estratégica para um grande desafio que enfrentou. 

“Minha filha Laura, tem problemas de saúde. Passou por vários tratamentos. E há alguns anos, um dos especialistas que a atende disse que eu precisava comprar brinquedos para ajudar a desenvolver o sistema neurológico dela. Fiquei sem saber o que fazer porque com todos os gastos que estávamos tendo eu não tinha como comprar brinquedos”. 

Foi então que ela lembrou de uma das grandes habilidades de sua mãe, que era a de realizar consertos em bonecas e outros brinquedos. Logo lhe veio a mente: “se não temos recursos, fazemos os recursos”.

A partir daí, Lúcia, que já havia ajudado sua mãe nos consertos de brinquedos, começou a se dedicar com mais afinco à atividade.

“Comentei com algumas pessoas e comecei a ganhar doações. A Laura foi brincando, crescendo e se desenvolvendo mais”, relatou. 

Mas apesar de o momento mais difícil ter sido superado, Lúcia continuou a arrecadar e consertar brinquedos. 

“Meu serviço foi ficando conhecido graças ao ‘boca a boca’ do pessoal e eu fui me aprimorando nas técnicas. Hoje recupero praticamente tudo. Bonecas riscadas com canetinhas, tinta e outros. Ursos de pelúcia, carrinhos, caminhões, …”. 

Seu trabalho passa por vários processos. 

“Lavo lavo todos os brinquedos com alvejante, cloro, sabão… Leva um tempo entre eu receber e recuperar o brinquedo, de forma que fique adequado para as crianças brincarem novamente”, destacou. 

O Bazar, que se chama Eco Joy, fica na rua Frederico Voight, 1461, no bairro São Rafael. Na sede, que originalmente é uma casa, o trabalho só foi crescendo. 

“Antes era só uma parte reservada ao bazar, agora todas as peças estão cheias e está faltando espaço”, contou. 

Lúcia é professora na Rede Municipal, trabalha na Escola Selma Teixeira Graboski e como desde o início, se dedica ao bazar nas horas vagas. 

Atenta às necessidades das crianças, ela também se prepara para começar a trabalhar com brinquedos para crianças especiais, novidade sobre a qual deve divulgar detalhes em breve. 

“Nunca mais parei de consertar, fazer, comprar e revender brinquedos”, comemorou. 

Quem quiser saber mais sobre o trabalho dela pode entrar em contato pelo WhatsApp, clicando aqui.

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Esse é o segundo capítulo de nossa tradicional série em homenagem à mulheres da cidade, trabalho que vai se estender até 31 deste março, Mês da Mulher, com a participação também de nossos seguidores e seguidoras, que poderão enviar a história daquelas que lhes inspiram. Materiais podem ser enviados pelo WhatsApp 47 992754054.

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