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Rio Negrinho: “em Curitiba, Ana perdeu em uma prova e ganhou Ouro em outra; ficar fora de uma classificação foi importante para seu aprendizado” conta mãe


A rio-negrinhense Ana Beatriz Campos de Campos, conquistou mais uma medalha neste final de semana. A paratleta correu em Curitiba (PR), e conquistou o ouro nos 400 metros rasos, durante o Meeting Paralímpico Loterias Caixa, na categoria Adulto. A competição aconteceu no sábado (9) e contou com a participação de paratletas brasileiros de vários estados.

“Fomos com carro de aplicativo na ida e na volta pegamos carona com a delegação da APADI (Associação Paradesportiva de Deficiência Intelectual de Joinville) – da qual a Ana participa – até Joinville e retornamos com carro de aplicativo novamente”, contou a mãe, Valerie Campos Cestrem, ao Nossas Notícias.

“Para as competições de atletismo, as provas iniciaram às 7h30 e nessa competição, a idade mínima para participar é a partir de 14 anos, mas a Ana, como vai completar 14 anos em julho, pôde participar. Ela correu ainda no salto em distância, mas não se classificou por não conseguir entender a prova. Como era para adulto, ela errava a pisada e queimou as seis tentativas de salto”, detalhou.

Valerie contou que só havia três candidatas na prova, então bastaria fazer qualquer marca.

“Incentivamos ela e foi importante para seu aprendizado perder essa medalha”, comentou.

“Já na corrida, ela garantiu o ouro nos 400 metros rasos. Eram apenas duas modalidades que cada atleta poderia participar”.

A menina tem Deficiência Intelectual Moderada e TDAH, voltada para a hiperatividade. A próxima competição de Ana Beatriz será nos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), em Rio do Sul, entre 26 de maio e 1º de junho.

“A mensagem que deixamos aos pais de pessoas com deficiência é a de que todos possuem habilidades, basta incentivar e investir naquilo que perceberem que seus filhos se destacam. O esporte é uma benção para a vida deles. Eles se sentem importantes, vitoriosos e capazes. Além de conquistar um espaço em sociedade que antes não existia, ter um olhar voltado a pessoas com deficiência é consolidar a inclusão. Se nós pais não nos dedicarmos a sermos a voz de nossos filhos, ela não vai acontecer e eles podem perder grandes oportunidades”, encerrou.

Como tudo começou 

Sua mãe disse que desde pequena, Ana sempre correu muito.

“Tinha dificuldades de permanecer no lugar, era muito agitada. Até que um dia fui fazer caminhada no Campo Municipal e passou um rapaz que pratica corrida. Ele a viu correndo, disse que ela tinha ‘passada’ e que deveríamos investir nessa habilidade dela.  Como sei que em Rio Negrinho não há paratletismo, liguei na Secretaria de Esportes de Joinville no final de 2022, onde me disseram para entrar em contato em fevereiro desse ano, como fiz. Então passaram o meu contato para o professor André e iniciamos a conversa, iniciando os treinos dela em março de 2023”, relatou Valerie.

Sobre as experiências, seus pais destacaram que estão sendo um passo muito importante também para a família. 

“Estamos nos sentindo realizados! Deus é fiel e nos presenteou com a benção de conseguirmos incentivar nossa filha nesse esporte! Com esperança e confiantes de que  ela conseguirá cada vez mais seu espaço no paratletismo de Santa Catarina e do Brasil!”, finalizaram. 

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