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Dengue autóctone em Rio Negrinho: biomédica explica detalhes e enfatiza importância da prevenção


RIO NEGRINHO. A prefeitura divulgou oficialmente a confirmação do primeiro caso de transmissão de dengue autóctone no município. O comunicado oficial, publicado na sexta-feira (09), lembrou ainda que um foco do aedes aegypt foi encontrado em uma armadilha no bairro Bela Vista e lembrou da importância da conscientização da comunidade para eliminação de ambientes propícios ao mosquito transmissor.

As informações foram um sinal de alerta para a população, e buscando esclarecer dúvidas comuns, a reportagem aqui do Nossas Notícias procurou a biomédica Adiajnye Leslie, que explicou vários detalhes sobre a doença. Confira:

“A dengue autóctone é o tipo de dengue contraída na própria cidade. Ou seja de focos da cidade. Como saber? A pessoa mora aqui e não passeou para outro lugar.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, 50 milhões de pessoas contraem a dengue, 500 mil precisam ser hospitalizadas (90% crianças) e 24 mil morrem em consequência dessa doença.

Transmissão

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, em geral, a proliferação mais intensa no mosquito acontece com mais facilidade em áreas sem acesso a sistemas adequados de fornecimento de água, tratamento de esgoto e coleta de lixo.

Vale lembrar também que a dengue não é contagiosa, ou seja, não transmite de pessoa para pessoa, nem por água ou alimento. A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.

O quadro se agrava também nos períodos de mais calor, pois os ovos dos mosquitos eclodem mais rápido. Os mosquitos fêmeas, não resistem a temperaturas iguais ou menores de 5° graus e isso também acontece quando os termômetros marcam mais de 40° graus.

Já os ovos do mosquito são de extrema resistência e podem suportar em um recipiente, sem ter entrado em contato com a água, entre 300 e 400 dias.

Sobre a doença, cabem algumas curiosidades: em 1986, o vírus tipo 1 da dengue foi isolado, pela primeira vez no Brasil, pelo Fiocruz. O mesmo departamento também isolou os tipos 2 e 3 (associados às formas mais graves da doença) respectivamente em 1990 e 2001. Existe o tipo 4 mas ainda não se observou esse tipo no Brasil.

Sintomas

Uma pessoa diagnosticada com dengue pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma.

O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.

É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e a pessoa não deve se automedicar, pois uma das indicações importantes é que o paciente com dengue não deve fazer uso de algumas medicações específicas, pois podem haver complicações com o fígado.

Diagnóstico em 30 minutos

Nós, aqui do Laboratório Proll Vida, temos o exame para diagnóstico da dengue, e com uma coleta de sangue a qualquer hora do dia, é possível saber se há a presença da doença em 30 min.

Tratamento

Todas as pessoas que apresentem sintomas que comentei devem procurar orientação médica para diagnóstico e avaliação clínica. A hidratação oral (com água, soro caseiro, água de coco), ou venosa, dependendo da fase da doença, é a medicação fundamental e está indicada em todos os casos em abundância.

Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.

Prevenção

Temos que nos unir contra essa doença e de forma simples, olhar para os detalhes da casa e dos bairros. Os detalhes aqui fazem total diferença.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença.

Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. Esse cuidado ajuda muito, além de manter aquele aparelho com pastilha inseticida na tomada.

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