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“As suculentas me tiraram da tristeza e da falência”, conta Karen, uma das expositoras da Feira de Plantas que acontece dia 10 em Rio Negrinho 

RIO NEGRINHO. Karen Zanqueta é muito popular entre pessoas que cultivam ou desejam cultivar plantas. Recentemente ela teve roubada sua página no Facebook, que reunia pessoas de todo Brasil. Porém, apesar da tristeza por ver perdido um trabalho de 8 anos, ela criou outras páginas no Facebook e Instagram e … seguiu em frente, algo no que ela, literalmente é mestra. 

E é toda sua força e experiência que trará para compartilhar na 4ª Floresça, a feira de plantas e jardinagem que vai acontecer com entrada gratuita neste sábado (10), no pátio da loja Império dos Móveis, na rua Valentim Ruzanowski, 53, no bairro Industrial Norte. O evento vai reunir também outros expositores da região, das 08h30 às 16h e e é uma iniciativa aqui do Nossas Notícias com o Grupo de Suculentas de Rio Negrinho e apoio da Império dos Móveis.

E, claro, Karen vai trazer muitas plantas, incluindo suculentas gigantes e raras, além de outras espécies e artigos para jardinagem. 

Mas como que ela começou a cultivar todas essas belezas que estamos vendo nessas fotos?

É uma longa história que contamos aqui de forma resumida, mas que envolve também o plantar, o colher, o nascer e renascer da vida, em toda sua potência. Na terra e no coração de Karen. 

“Vivia uma fase bem difícil. Eu lidava com alimentos mas estava indo à falência no meu comércio em São Bento do Sul, estava falida. Ainda tinha passado por uma separação e meu filho do meio, que morava comigo, foi embora. Então a tristeza foi me pegando e comecei a cuidar de umas plantas que ganhei de uma vizinha. A primeira foi uma suculenta perle, quando vi ela estava ficando bonita! Eu plantava em copinhos, as pessoas chegavam na mercearia, queriam comprar mas eu não queria vender”. 

Até que um dia seu atual esposo a aconselhou. 

“Ele disse para eu vender, pois já vivia plantando. Então comecei a vender as suculentas em potinhos de iogurte. Eu também catava lixo, ia nas lixeiras das lanchonetes, buscava latas na Lanchonete do Djalma aqui na 25, juntava louça velha, comprava em brechó, reutilizava litros de pet, … Até hoje faço isso. Pego latas, o pessoal traz alguns recicláveis bonitos para mim … Bom, a partir dali comecei a criar arranjos, plantar em potes de margarina e vender em latas também. Não podia ver uma lata na frente e até hoje quando vejo uma lata no lixo, tenho vontade de pegar”, falou, rindo. 

E o negócio cresceu tanto que quando Karen viu, teve que praticamente sair do ramo alimentício para se dedicar ao cultivo das suculentas. 

“Fui conhecendo pessoas que tinham problemas de saúde, de depressão, que estavam tristes … Então eu oferecia uma planta para elas, colocava até plantas para doação, o que faço até hoje com plantas que são medicinais e em projetos ligados ao meio ambiente, realizados por escolas. Minha mercearia ainda é uma mercearia com alimentos mas virou uma ‘floricultura mercearia'”. 

Com o movimento e a demanda aumentando, ela recorreu à parcerias com artesãos da região. 

“Fui comprando peças. Tenho uma  vizinha que produz algumas para mim, uma amiga que cria peças de barro, amigos e clientes que criam artefatos de cimento e eu compro deles e revendo, … Tenho muitas peças! Posso dizer que minha mercearia virou ao mesmo tempo uma ‘casa de plantas’, uma casa diferente, uma loja completa. E as pessoas gostam muito!”.

Voltando à questão das redes sociais, ela disse que clicou num link que era para ser de propagandas para anexar na página do Facebook, mas na verdade, ficou como se tivesse vendido seu perfil. 

“A pessoa me roubou, porque eu não estava vendendo, mas com a ajuda de amigos queridos criei uma nova página, a Café com Suculentas, que ficou mais linda que a outra. Tem menos seguidores mas tirei isso da cabeça porque seguidores são só um número. Prefiro pessoas que gostam de estar envolvidas com natureza. Dá bastante trabalho, mas estou bastante feliz”. 

Rio Negrinho, cidade vizinha à sua, é considerada por ela como querida e parceira. 

“Sempre sou convidada por cidades da região para expor minhas plantas. Rio Negrinho é uma cidade que me ajudou bastante a crescer. Estou muito feliz e acho que dessa profissão não saio mais, porque para mim é muito mais que uma profissão, dedico minha vida e meu amor às plantas. De suculentas passei a cultivar folhagens, árvores de flores, insumos, criei amizades, … não poderia ser melhor”. 

E é em uma estufa em Bituva Papuã, interior de Mafra, que ela cultiva suas plantas, faz vídeos e ainda ajuda muitas pessoas. 

“Não cobro nada para orientar quem me procura. Sejam aquelas pessoas que já cultivam plantas ou quem deseja cultivar. Ensino como usar os produtos, como cuidar, se a planta gosta de sol, sombra, … Tento  tirar as pessoas da tristeza como as plantas me tiraram também. As suculentas são 90% da minha vida, elas me completam, juntamente com Deus, claro, que me dá bastante saúde para cuidar das plantas. Acho que não tem coisa melhor do que você terminar sua vida fazendo o que gosta, ganhando dinheiro com o que gosta, sendo feliz! E e eu amo as suculentas”, finalizou. 

Quem desejar mais informações pode entrar em contato com Karen pelo fone 47 996166425 ou diretamente pelo WhatsApp, clicando aqui.

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